RECENTES

Deu no Jornal de Brasilia - Versões diferentes em caso de jovem baleado por delegada em Sobradinho

* Pedro Wolff
pedro.wolff@jornaldebrasilia.com.br

Após uma discussão de trânsito, uma delegada de polícia do Estado de Goiás disparou contra o joelho de um jovem que teve sua carreira de atleta profissional encerrada. As versões do ocorrido, ouvidas ontem, são contraditórias. Enquanto ela o acusa de desacato, ele denuncia abuso de autoridade.

O fato é investigado pela 13ª Delegacia de Polícia de Sobradinho. No dia 9 de junho, às 4h30 na Quadra Central de Sobradinho, tanto o atleta Welligton Rodrigues da Silva, 24 anos, quanto a delegada de Planaltina de Goiás, Mila Villela Junqueira, 27 anos, voltavam da Galeria Flamingo, onde se divertiam, mas não estiveram juntos no local.

A delegada conta que foi seguida desde o Flamingo pelo carro de Welligton, um Gol, até que dentro de Sobradinho o veículo colidiu com o dela. "Eu me identifiquei, mas eles estavam em grupo de lutadores e foram avançando contra mim". Mila diz que Welligton estava embriagado e seguiu lhe ofendendo. Ela, por temer que ele roubasse sua arma, afirma que foi obrigada a atirar em seu joelho. "Ele estava em um grupo de dez e só restaram três porque eu os impedi de fugir".

No primeiro depoimento, no dia do fato, a delegada fez relatos diferentes. Disse que estava no Flamingo e foi envolvida em uma briga. Depois, um segurança da casa lhe teria dito que um dos envolvidos portava uma arma. Ela teria saído do local com o irmão e o marido em direção a Sobradinho em seu veículo, um Agile. Na altura do Hospital Regional da cidade, percebeu que o Gol lhe seguia, até que colidiu na traseira do Agile. Todos desceram e teria ocorrido uma discussão com o grupo de Welligton e ele teria tentado agredir o irmão da delegada. Na época, ela disse que diante da situação deu um disparo de aviso no chão na direção do agressor, mas acabou o atingindo acidentalmente.

Welligton, atleta profissional de boxe chinês, diz que esse tiro lhe tirou o sonho de ir lutar no Campeonato Mundial e conta uma versão diferente das duas apresentadas pela delegada. Segundo ele, na época treinava para um campeonato e por isso não ingeriu álcool. "Ao contrário dela, que estava completamente bêbada e falando com a língua enrolada".

No Flamingo, ele comemorava o aniversário de uma amiga, quando por volta de 3h30 teriam decidido comer um cachorro-quente em Sobradinho. Em dado momento, percebeu o carro da delegada lhe jogando luz alta. O carro ultrapassava e depois reduzia a velocidade na sua frente, segundo Welligton. Até que parou de vez e o irmão de Mila, Breno Villela Junqueira, 25 anos, se apresentou como policial e teria lhe chamando para a briga. Welligton teria pedido para ir embora. Nessa hora, outro policial civil de Goiás chegou em outro carro, atirou para cima e mostrou seu distintivo. "Nessa hora o Breno encarnou valentia e começou a me chamar para a porrada", disse Welligton. Ele disse que foi agarrado e empurrado, momento em que caiu. Nessa hora a delegada teria saído do carro e disparado.

(*)Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

Um comentário

Anônimo disse...

Acho que ambos tem culpa nessa história.Ele pq não respeitou a delegada.Ela pq não tinha direito de atirar nele só pq era uma delegada?e se ele tivesse morrido?
Mais vamos vê no q vai dá né.Só espero q a justiça seja feita!:)