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SAÚDE: Cardiologista faz alerta neste 28 de maio

Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher

Segundo Alexandre Cury, médico do Pasteur Medicina Diagnóstica, precisamos ficar atentos ao crescimento de doenças cardíacas junto ao público feminino

A incidência de doenças cardiovasculares (DCVs) está aumentando entre as mulheres, principalmente decorrente dos males antes mais típicos do público masculino como estresse, tabagismo e dietas desequilibradas. E o problema é que as mulheres são ainda mais suscetíveis às doenças do coração do que os homens. Este é o alerta de Alexandre Cury (CRM 13.800), cardiologista, neste 28 de maio, Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher.

Cury explica que a mulher é mais vulnerável por diversos fatores. Um deles é o fato de o coração delas bater mais rápido e as artérias coronárias serem mais estreitas. O modo como as placas de gordura se depositam nos vasos sanguíneos também é diferente. A probabilidade de uma mulher morrer em consequência de um infarto é, em média, 50% maior do que a de um homem com a mesma idade, hábitos e índices de colesterol, triglicérides e pressão arterial.

Outro fator agravante, de acordo com Cury, é a menopausa. O índice de doença do coração em mulheres em menopausa é de duas a três vezes maior que o de mulheres na mesma faixa etária não menopausadas. Comparadas às que entram na menopausa aos 50 anos ou mais, as mulheres que chegam a esta etapa antes dos 45 têm um risco ainda mais elevado.

A previsão é que, em 20 anos, o número de mortes em decorrência de doenças cardíacas entre as mulheres deva ultrapassar o de homens. E o número de mulheres com grande risco cardíaco subiu de 10% para 30%, representando 21 milhões de brasileiras.

No tratamento a situação não é diferente. Os vasos sanguíneos das mulheres são mais tortuosos, o que dificulta o cateterismo e outros procedimentos como a colocação de stents para desentupimento arterial.

Mesmo com tudo isso, o risco de câncer de mama parece continuar sendo uma das principais preocupações de saúde das mulheres. Mas sabemos que a maior incidência de morte se refere às doenças cardiovasculares, já que todos os anos 31 mil brasileiras morrem infartadas, contra as 11 mil vítimas de câncer de mama.

Segundo Cury, um melhor entendimento dos fatores de risco (como hipertensão, diabetes, colesterol, história familiar, tabagismo, obesidade, estresse e depressão) vai ajudar a controlar o aparecimento e a progressão dessas doenças, principalmente se a prevenção começar o mais precocemente possível. “A ideia principal é: se uma mulher adotasse hábitos saudáveis e preventivos desde cedo, de modo que ela apresentasse menos fatores de risco quando chegasse aos 50 anos, ela poderia ter um risco menor de doença cardiovascular e uma vida notadamente mais longa e melhor”, finaliza o especialista.

Por Hulda Rode/Imagem Corporativa

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