Conselho reclama da falta de profissionais e da estrutura precária encontrada na emergência do hospital
O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRMDF) ameaça interditar a emergência do Hospital Regional de Sobradinho (HRS). O motivo alegado é que a falta de profissionais, juntamente com a estrutura precária encontrada no local, prejudicam o trabalho dos médicos e atrapalham o atendimento à população. O presidente do conselho, Iran Augusto Cardoso, solicita ações imediatas por parte Secretaria de Saúde para que estas irregularidades sejam sanadas. Caso contrário, a unidade pode ser interditada futuramente.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Distrito Federal, Marcos Gutemberg, o principal problema encontrado na emergência de Sobradinho é a sobrecarga dos médicos, que trabalham sem condições de atendimento. “Nossa principal reivindicação é a contratação de novos médicos. Semana passada, por exemplo, dois médicos de Clínica Geral não suportaram a demanda e pediram demissão em Sobradinho. Em Taguatinga, dois cardiologistas também saíram”.
O sindicato alega que a demanda na emergência de Sobradinho só tem aumentado e que os pacientes do Pronto Socorro do Hospital Regional de Planaltina, que está fechado para reforma, buscam atendimento em Sobradinho. “O salário é outro fator relevante. Além da péssima folha de pagamento, os profissionais trabalham em locais sem segurança e chegam a ser agredidos por pacientes”, afirmou Gutemberg. O presidente do sindicato afirma que a situação tende a piorar com a demora na contratação.
Novas contratações
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal diz que um concurso para médicos da rede pública de saúde está aberto e que estuda formas de contratar provisoriamente profissionais para melhorar a situação em Sobradinho. “Até o final do semestre, esperamos que esses médicos [aprovados em concurso] sejam nomeados e possam começar a trabalhar”, disse a assessoria. Sobre a ameaça de interdição na emergência do hospital e situação do hospital, a Secretaria não comentou sobre o assunto.
O CRM informa que, caso a interdição aconteça, os médicos ficarão impedidos de atuar no pronto-socorro até que a situação melhore. “O conselho espera que a Secretaria de Saúde e o Governo do Distrito Federal ofereçam um número suficiente de profissionais de saúde e disponibilizem ambientes apropriados para o exercício da Medicina”, completou a assessoria do órgão.
Fonte Correio Braziliense
Nenhum comentário
Postar um comentário