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Unidades de saúde de Sobradinho oferecem práticas integrativas


Nove tipos são oferecidos na cidade, entre elas tai chi chuan, shantala e terapia comunitária

Moradores de Sobradinho contam com a maior cobertura na oferta de práticas integrativas. São nove os tipos oferecidos na cidade: arteterapia, fitoterapia, homeopatia, liangong, tai chi chuan, reiki, shantala, terapia comunitária e automassagem.

Todas as unidades de saúde oferecem alguma dessas atividades. Elas podem ser encontradas no Hospital Regional de Sobradinho, nos Centros de Saúde n° 1, 2 e 3, nas clínicas da família de Sobradinho II e Nova Colina, nas equipes de saúde da família e no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas.

Além dos locais pertencentes à Secretaria de Saúde, a oferta foi estendida, inclusive, ao Centro Educacional n° 3, onde a comunidade pode fazer aulas de liangong. Para o próximo ano, estão previstas aulas de hatha yoga, já que cinco profissionais começam neste mês a formação para se tornarem instrutores.

Atualmente, são 25 profissionais em Sobradinho que trabalham para oferecer as diferentes práticas, que este ano já beneficiaram aproximadamente de 3,5 mil participantes.

A coordenadora do programa da região, Martinha Romão, explicou que com as práticas os indivíduos passam a frequentar as unidades de saúde não apenas quando estão doentes. "Essas atividades estão em linha com a nossa proposta de promoção e prevenção da saúde. A gente trabalha a pessoa como um todo, prevenindo o aparecimento de doenças."

RESULTADOS - Antônio Carlos de Andrade, 67 anos, tem problemas cardíacos, fez ponte de safena e não tinha fôlego para praticar nenhum tipo de atividade física, nem caminhadas curtas. Depois de oito meses em um grupo de liangong, cujas aulas ocorrem no Centro Educacional n° 3, ele se sente muito melhor: "Nesse São João cheguei até a dançar quadrilha", contou.

A colega de grupo Neide Vieira, 63 anos, andava mancando e subia escadas com dificuldade depois de ter feito uma cirurgia para operar o pé esquerdo: "Comecei a atividade e agora estou me sentindo uma jovenzinha. Já subo escada, danço e posso até pular, coisas que nem sonhava mais em fazer".

Já Zulmira Pitanga, 73 anos, começou a praticar a atividade porque sentia muita dor. "Não sinto mais nada, estou jovem. Meus exames dão todos normais". Os três colegas também citam a importância social da atividade, já que o grupo de liangong acabou se tornando um grupo de amigos. "A gente se abraça, se beija, comemora aniversários com lanches saudáveis e faz até passeios", contou a instrutora Martinha Romão.

O grupo de liangong é monitorado bimestralmente por Matinha, como também os grupos de tai chi chuan e de automassagem, que ela também é instrutora. São feitas medições da pressão arterial, glicemia, peso, altura e circunferência abdominal.

Nos três grupos há, em média, 60 participantes, dos quais cinco são diabéticos e 55, hipertensos. "Todos melhoraram sua saúde, diminuíram a quantidade de remédios para a dor, dormem melhor e praticamente todos os hipertensos estabilizaram a pressão e, os diabéticos, a taxa de glicemia", afirmou a coordenadora de práticas integrativas.

Outro resultado muito comum para aqueles que começam a praticar alguma PIS é a perda de peso. Martinha conta que, em média, os participantes perdem de um a dois quilos. Mas Neide, que já pode subir escadas e pular, conseguiu emagrecer oito: "Não sei se é o exercício ou a vontade de viver melhor, mas a gente vai se reeducando na alimentação", comentou.

A relação de Sobradinho com as práticas integrativas é antiga, de quase uma década. Em 1986, a região foi pioneira em oferecer atividades médico-ambulatoriais em homeopatia no Centro de Saúde nº 2, ao mesmo tempo em que os Centros de Saúde de nº 8 e nº 11 de Brasília.

Qualquer pessoa da comunidade, de qualquer idade, pode participar das práticas integrativas. Confira aqui os locais e horários das atividades.


Fonte: Secretaria de Saúde/Foto: Renato Araújo/SES-DF

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