Fercal ganha unidade de conservação
Com 250
hectares, a área está dentro da propriedade da empresa Votorantim Cimentos
(*) DÊNIO
SIMÕES
Uma das
regiões administrativas de Brasília com maior grau de poluição no ar — de
acordo com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) —, a Fercal ganhou mais um
pulmão: a unidade de conservação Refúgio de Vida Silvestre da Mata Seca. A área
tem 250 hectares, fica perto do km 8 da DF-150 e está dentro da propriedade de
uma grande empresa de cimentos. Nos próximos dias, a companhia assinará um
termo de compromisso para firmar a doação do local ao Ibram e definir as regras
do plano de planejo.
Criada por
meio do Decreto nº 36.497, de 13 de maio de 2015, essa é a primeira unidade de
conservação da capital que possui fauna singular e espécies de animais com
característica endêmica — vivem em um único habitat. "No local encontramos
o campainha-azul, pássaro do Cerrado com risco de extinção, e a onça-parda,
mamífero conhecido como suçuarana", exemplificou a gerente de Planejamento
de Unidades de Conservação de Proteção Integral do Ibram, Ana Paula de Morais
Lira.
A criação de
uma unidade de conservação na propriedade da empresa de cimentos é fruto de
compensação ambiental, assumida em 2013 com o Ibram, em decorrência da
ampliação de uma mina de calcário e argila.
A elaboração
do plano de manejo também foi prevista no termo de compromisso firmado pela
companhia, que será responsável pela contratação de uma empresa especializada
para fazer o estudo. Esse processo será realizado no prazo de um ano e será
conduzido por uma comissão técnica formada por especialistas do Ibram. O
documento definirá onde serão instalados os equipamentos básicos de
infraestrutura.
O Refúgio de
Vida Silvestre deverá ter, entre outras coisas, cerca de delimitação do
perímetro, portão de acesso, guarita, placas indicativas, torres de observação,
centro de informações, trilhas interpretativas, placas de conscientização e
mirante.
(*) Por DÊNIO
SIMÕES/AGÊNCIA BRASÍLIA
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