Supermercados preveem vendas estáveis neste Natal
Pesquisa
feita entre nos dias 15 e 23 de outubro pela Associação Brasileira de
Supermercados (Abras) com representantes de 59 empresas associadas mostrou que
o setor espera vender 0,4% mais do que no ano passado, o que significa
estabilidade nas vendas, segundo a entidade. Em 2014, a expectativa era de um
consumo 7,2% maior, já descontados em ambos os casos o efeito inflacionário.
“Levando-se
em conta o momento difícil da economia brasileira, esperar um Natal estável
(+0,4%), como demonstrado pela nossa pesquisa, é ser otimista. Acreditamos que
a tradição das festas de Natal e de Réveillon impulsione o consumo nos
supermercados neste final de ano”, disse, em nota o presidente do Conselho
Consultivo da Abras, Sussumu Honda.
A pesquisa
destaca que, em consequência da desvalorização do real frente ao dólar, os
artigos importados e, tradicionalmente, presentes na ceia natalina vão pesar
mais no bolso do consumidor. Os preços subiram em média 21,3% e diante disso,
os supermercados acreditam em um faturamento 14,8% inferior ao obtido há um
ano.
Entre os
itens que ficaram mais caros, nos últimos 12 meses, estão os vinhos (24,3%), o
bacalhau (14%), as frutas secas (13,2%) e os espumantes (13%).
Quanto ao
consumo de cerveja, o setor projeta 17,4% de alta nas vendas nominais, mas em
razão do encarecimento, que oscila em torno de 12,7% , o faturamento real deve
crescer apenas 4,2%. Outro produto muito procurado nessa época, o pernil, deve
ter uma saída 9,9% acima de 2014, percentual abaixo do projetado, no ano
passado, quando o mesmo tipo de pesquisa apontava a expectativa de um aumento
de 12,2%.
Também caiu
a previsão de consumo de peixes frescos, de 6% para 1,7%. O mesmo ocorreu em
relação aos peixes congelados (de 11,2% para 10%) e no caso do frango congelado
(de 13,7% para 12,5%).
Apesar
disso, as empresas do setor devem manter em alta as contratações de empregados
temporários, ainda que em ritmo menor. Um total de 25,4% dos supermercados
manifestaram a intenção de admitir pessoal, proporção abaixo de 2014, quando
37,1% disseram que iriam expandir as vagas.
As maiores
chances serão abertas para os cargos de empacotador (21,1%); repositor (19,3%),
operador de caixa (17,5%), funcionários de seção de hortifrúti (8,8%) e funcionários
de seção de frios e laticínios (5,3%).
Os
associados da Abras reúnem 84 mil estabelecimentos em todo o país que, juntos,
faturaram, no ano passado, R$ 294,9 bilhões. Nesse período, o setor abriu 1,75
milhão de postos de trabalho, informou a entidade, com base na Relação Anual de
Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego (Rais).
Edição:
Maria Claudia/ Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil
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