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Uso de água potável ficará restrito em 6 regiões administrativas


O diretor-presidente da Adasa-DF, Paulo Salles, anunciou medidas de restrição temporária de uso de água potável.

Os pequenos sistemas de abastecimento responsáveis por fornecer água a 13% da população do Distrito Federal operam em estado crítico, o que obrigou a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) a fazer desligamentos programados em algumas regiões administrativas. Em função da escassez hídrica nesses mananciais, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa-DF) publicou nesta quarta-feira (21) a Resolução nº 16, de 2016, que estabelece um regime de restrição de uso de água potável no Jardim Botânico e em Brazlândia, Planaltina, São Sebastião, Sobradinho e Sobradinho II.

De acordo com a resolução assinada na tarde desta quarta-feira (21) pelo diretor-presidente da Adasa, Paulo Salles, o estado de restrição perdurará até que os níveis desses sistemas alcancem novamente patamares hídricos seguros.

A INTERRUPÇÃO DO FORNECIMENTO DE ÁGUA TRATADA NESSAS SEIS REGIÕES NÃO PODERÁ ULTRAPASSAR 24 HORAS, E A POPULAÇÃO LOCAL SERÁ INFORMADA COM ANTECEDÊNCIA SOBRE OS CORTES. A CAESB DIVULGARÁ EM SEU SITE UM PLANO SEMANAL DE RESTRIÇÃO, EM QUE DEVERÃO CONSTAR AS QUADRAS, OS CONJUNTOS E OS LOTES ATINGIDOS PELA MEDIDA. “ENFRENTAMOS UMA SITUAÇÃO ATÍPICA, E NOSSA INTENÇÃO É FAZER COM QUE AS PESSOAS POSSAM SE PROGRAMAR”, DISSE SALLES.

O diretor-presidente da Adasa ainda pediu para que as pessoas de áreas afetadas pelo rodízio programado de interrupção de água reservem o recurso capaz de suprir suas necessidades por pelo menos 24 horas. “Quem tem caixa d’água que as mantenham cheias para pelo menos um dia. Não sabemos ao certo quando vai voltar a chover, então precisamos aprender a viver com menos água.”

Unidades hospitalares e o Complexo Penitenciário da Papuda, em São Sebastião, não serão abarcadas pelos cortes. O artigo 2 da resolução determina a redução de 50% da vazão à Associação dos Usuários do Canal Santos Dumont, em Planaltina, região abastecida pelo Ribeirão Pipiripau. A vazão captada pelos produtores rurais atualmente é de 300 litros por segundo, mas, a partir da publicação da norma, vai diminuir para 150 litros por segundo. Os 150 litros poupados poderão ser usados pela Caesb para reforçar o fornecimento nas residências de Planaltina.

As medidas anunciadas não se estendem às demais 25 regiões administrativas abastecidas pelos dois principais reservatórios do DF: o do Rio Descoberto e o de Santa Maria, que fornecem água a 65% de Brasília. Essas bacias estão em situação declarada de alerta, mas ainda têm capacidade de abastecimento, caso não chova, para pelo menos mais dois meses.

Na última atualização da Adasa, às 9 horas desta quarta-feira (21), o Rio Descoberto estava com 37,7% do seu volume, e Santa Maria, com 49%. O ideal é que os dois se mantenham acima dos 60%.

Órgãos públicos terão de reduzir consumo de água em 10%

As estratégias para minimizar os efeitos da estiagem no DF também atingiram os órgãos públicos do governo de Brasília. Nesta quarta-feira, o chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio, deu coletiva de imprensa para falar sobre um decreto que determina a redução, em setembro, de 10% no consumo de água na administração pública.


(*) Fonte blog Ricardo Callado - Foto: Toninho Tavares/Agência Brasília

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