ARTIGO
O FATOR CIRO GOMES
Motivo de calafrios e cóleras para nossas
elites desprovidas de apoio popular, ou seja, de votos e acéfalas de projetos,
é enfrentar em 2018 uma candidatura propositiva que saia da polarização entre
PT e PSDB.
As rotulações e insinuações já
começam a se avolumar para criar um ambiente contaminado e preconceituoso
contra candidatos que não sigam a cartilha das carcomidas forças conservadoras.
O adjetivo mais comum é o argumento
falsário de que Ciro Gomes vem com uma proposta populista por ele querer a
opinião do povo sobre as reformas, como o caso da Previdência.
Resgatando a história verificamos que
muitas conquistas do povo brasileiro sofreram essa mesma rotulação.
Quando regente do Brasil, a Princesa
Isabel também teve seus atos ditos “populistas”, inadequados, impróprios, a
começar pela Lei do Ventre Livre, - que alforriava todas as crianças nascidas
de escravos - após a entrada em vigor desta lei. Foi também em um ato seu, que
nossas elites escravagistas também não perdoaram a Princesa Isabel quando
assinou a “Lei Áurea”, acabando com a vergonhosa escravidão no Brasil.
A reação foi o golpe de Estado que
instituiu a República, pondo fim à monarquia no Brasil.
Outro rotulado de populista foi
Getúlio Vargas que ousou dar direito às mulheres, criou a Consolidação das leis
Trabalhistas – CLT -, o Ministério do Trabalho e da Educação.
Ousou ainda criar indústrias de base
como, a Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN –,
posteriormente privatizada no governo Itamar Franco, a Petrobras, o BNDES,
entre outros. Getúlio afrontou de forma desafiadora o complexo de vira-lata de
nossas elites e sua subserviência aos interesses internacionais.
As intrigas, levianas acusações, o
levaram ao suicídio, mas seu legado permanece em pé, e entrou para história
como o maior Estadista do nosso povo.
Assim, nossa história está recheada
de rotulações, sempre que alguém ousa sair da mesmice retrógrada dos que sempre
viveram de privilégios.
Ciro Gomes vem construindo um projeto
de afirmação de nossa soberania Nacional, calçado em nosso desenvolvimento
pátrio, que tem como alicerce o fortalecimento da nossa golpeada democracia, e
nossa desonesta educação.
Chamar o povo diretamente afetado com
reformas estruturais é sinônimo de amadurecimento político e responsabilidade.
Não seguir os ditames do mercado que arruinou a Grécia, faliu a Itália,
Portugal, entre outros países, é o papel de quem tem compromisso com a nação, e
não é refém do mercado financeiro.
Outra rotulação que se tenta carimbar
em Ciro Gomes, pode ser uma de suas melhores qualidades, dizer que ele é
destemperado.
Oras, não exercer a hipocrisia do
cinismo não é uma questão de destempero ou de temperamento.
Quantos tem coragem de dizer as
verdades inquestionáveis que Ciro Gomes diz, afinal, Eduardo Cunha é bandido ou
não é?
Que o Serra é um dos homens mais
ricos do Brasil e que precisa explicar a origem de tanto dinheiro?
Que Temer é homem de Eduardo Cunha?
Entre outras inúmeras verdades.
2018 não será um conclave de cardeais
para escolher um novo Papa. Será um ano de eleição presidencial onde há
fraturas em nossa democracia, onde o desespero das forças conservadoras
derrotadas, consecutivamente nas últimas 4 eleições presidenciais, evidenciam
mais uma derrota.
E Ciro Gomes é sim um nome que pode
levar o Brasil a um novo patamar, tem experiência como Prefeito, Governador,
Ministro, Deputado, e não tem nenhum processo.
Talvez isso seja também mais um
motivo para tentar rotulá-lo.
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