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Homem que constrói carros no quintal de casa faz sucesso em Sobradinho

Os veículos são montados em uma oficina que ele tem na própria casa


O carro vermelho foi o último construído pelo aposentado. Demorou seis meses para ficar pronto – Crédito de foto: Higor Sousa/JS


Construir um carro do jeito que quiser, utilizando peças que valorizem e diferenciem o veículo, era um sonho que se tornou realidade para o morador de Sobradinho Carlos Cesar Oliveira, de 49 anos, que é aposentado do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.

 
Casado e com dois filhos, Oliveira recebeu a equipe do Jornal de Sobradinho em sua casa, no Grande Colorado, e contou como é toda a preparação de seus veículos. Conforme ele relatou, o último carro demorou seis meses para ficar pronto. “Tive ajuda de toda a minha família”.

 
Ele explica que sempre teve vontade de construir os próprios carros, mas nunca havia colocado a ideia em prática. Até que em 2004, tomou iniciativa e começou o trabalho. “Na antiga Finatec (Fundação de Empreendimento Científicos e Tecnológicos) descobri que poderia fazer um veículo artesanal para emplacar e rodar na rua. Foi aí que comecei. Desenvolvi o primeiro veículo em 2004 e terminei no ano seguinte”.
 

Carlos Cesar Oliveira esclarece que muito antes de o carro ficar pronto e emplacado, há todo um trabalho. “Faço a ideia na cabeça, explico para um engenheiro, montamos a maquete e começo a comprar as peças. Com elas em mãos, inicio o trabalho de montar a estrutura do veículo”.

 
Quatro veículos já foram construídos pelo aposentado do Corpo de Bombeiros, sendo um em 2005, outro em 2007, mais um 2009 e o último em 2011, que foi desenvolvido com peças do novo Fox. “Nesse, eu gastei uma média de R$ 17 mil. O mais caro foi o preto, que é conversível. Nele eu gastei quase R$ 27 mil”, expôs Oliveira, que monta os carros em uma oficina que tem em casa.
 

No veículo preto, Carlos Cesar gastou quase R$ 27 mil – Crédito de foto: Higor Sousa/JS.
 

Bem informado sobre a possibilidade de ter um veículo artesanal, Carlos Cesar Oliveira afirma que a legislação brasileira permite que cada pessoa pode construir até três carros artesanais por ano. “A pessoa pega a ideia e contrata um engenheiro. Depois do carro pronto, você leva o veículo ao Detran (Departamento de Trânsito) e tem todo um trâmite. Mas acaba valendo a pena”.
 

 
 
Questionado sobre o modelo do carro que consta na documentação, Cesar revela que o Detran insere o nome do proprietário. “Na documentação do meu carro vermelho é escrito Cesar e na documentação do outro está como Cesar Piloto”.

 
Segundo ele, é sempre um sucesso quando esses veículos saem de dentro de casa. De acordo com o aposentado, quando vão à rua, muitas pessoas param e perguntam onde o carro foi comprado e pedem para tirar fotos. “O pessoal pede para entrar no carro, tiram fotos, acenam e querem saber como eu fiz”. Carlos agradece o trabalho que desenvolveu durante anos no Corpo de Bombeiros e que o órgão lhe deu uma vasta experiência sobre veículos. “Toda minha vida foi no Corpo de Bombeiros e lá eu ficava na oficina. Portanto, tive bastante base para entender bem sobre isso”, comemora o aposentado.
 

(*)Por Higor Sousa/JS – (texto e fotos)  Exclusivo para a Edição 312 do Jornal de Sobradinho -  Referente a primeira quinzena de dezembro de 2016.

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