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ARTIGO: A Periferia Nua e Crua

A dinâmica da periferia subordina-se a dinâmica dos grandes centros.

É necessário que o poder público tenha um olhar especial sobre as camadas mais pobres da sociedade, sobre as pessoas que residem em bairros, vilas e distritos distantes. 

Começa o verão e começam as noticias sobre as enchentes nas cidades. E na quase totalidade dos casos, as enchentes afetam os bairros periféricos e não o centro das cidades. Independentemente dos motivos e das causas das enchentes, o fato é que a periferia, onde a maior parte da população mora, é sempre a mais prejudicada pela maioria dos problemas da vida urbana. 

A realidade mostra, que a periferia caracterizada por bairros mais afastados do centro da cidade, é em geral mais pobre, e com mais problemas sociais, tende a ter atendimento precário pelo poder público. E o pior, em quase todas as áreas a precariedade predomina, principalmente no que diz respeito à segurança. 

Ruas esburacadas com verdadeiras crateras, impedem a passagem de viaturas da polícia e por conta disso, cresce a marginalidade. É quase impossível o transporte de pessoas enfermas, pela dificuldade de locomoção. As escolas são as mais precárias.

Tudo isso porque os recursos do estado nunca chegam por lá, na periferia, é claro. Acabam ficando pelo meio do caminho e todos nós sabemos onde vão parar.

Seria bom se a população pudesse impedir o desvio desses recursos, mas isso é impossível, até porque é um problema de ordem cultural, e a cultura de um país não se pode mudar. E aí, a pobreza sucumbe num verdadeiro isolamento social.

Porém é na periferia que mora o maior número de eleitores, sendo que a maioria consegue eleger os candidatos, que uma vez eleitos e colocados no pedestal do poder, sobem até desaparecerem e só daqui a quatros anos podemos vê-los de novo.

Lá nas alturas, não conseguem ver, nem ouvir os apelos por socorro daqueles que o elegeram.

Esses apelos acabam perdidos no éter infinito, porque o único remédio do pobre é a paciência com a pobreza.

‘’A impunidade é a morte da credibilidade da justiça brasileira. ’’

Por Olavo da Silva Aguiar/ Maio 2013 – Pioneiro, Empresário e Colaborador do Jornal de Sobradinho

2 comentários

Unknown disse...

"Seria bom se a população pudesse impedir o desvio desses recursos, mas isso é impossível, até porque é um problema de ordem cultural, e a cultura de um país não se pode mudar. E aí, a pobreza sucumbe num verdadeiro isolamento social." Infelizmente práticas de controle social ainda são escassas em nosso meio. Nós do IFC acreditamos e incentivamos fortemente a participação da sociedade no acompanhamento, controle e fiscalização do poder público. Diversas iniciativas tem mostrado que isso é possível e desejável.

Emerson S. Lima
Voluntário do Instituto de fiscalização e Controle - IFC

Unknown disse...

"Seria bom se a população pudesse impedir o desvio desses recursos, mas isso é impossível, até porque é um problema de ordem cultural, e a cultura de um país não se pode mudar. E aí, a pobreza sucumbe num verdadeiro isolamento social." Infelizmente práticas de controle social ainda são escassas em nosso meio. Nós do IFC acreditamos e incentivamos fortemente a participação da sociedade no acompanhamento, controle e fiscalização do poder público. Diversas iniciativas tem mostrado que isso é possível e desejável.

Emerson S. Lima
Voluntário do Instituto de fiscalização e Controle - IFC