RECENTES

CIDADE : Feirantes de Sobradinho reclamam de abandono


Feira Permanente da região está instalada em local precário há mais de um ano

Em baixo de tendas de plástico, sem segurança, estrutura ou espaço. Tem dias que tem energia, tem dias que não tem. O mesmo acontece com a água. Essa é a situação dos comerciantes da Feira Modelo de Sobradinho, instalada em um local provisório. Para reforma de espaço definitivo, cerca de 290 feirantes foram removidos, mas a obra foi embargada pela Agência de Fiscalização (Agefis) por falta de alvará de construção, por isso há mais de um ano os feirantes sofrem com as condições precárias da estrutura improvisada.

O presidente da Associação dos Feirantes da Feira Modelo de Sobradinho, André Luiz de Souza, conta que os comerciantes foram removidos para a construção da nova feira. "Ficaríamos na instalação provisória em um período de seis meses. O edital previa a construção da nova feira em 180 dias, mas há três meses a obra foi embargada pela Agefis. Já tem mais de um ano que estamos aqui", declara. Ele revela que diariamente os feirantes sofrem com diversos problemas. Na terça-feira (14) a energia foi cortada às 18h30 e só foi religada por volta das 16h de quarta-feira (15), gerando prejuízo aos comerciantes. O presidente da associação afirma que quando o problema não é a energia é a falta de água. A empresa que aluga as tendas que servem de abrigo para as bancas e os banheiros químicos instalados no local, ameaça retirar os equipamentos por falta de pagamento. "O governo está com um divida de R$ 1 milhão com a empresa e cerca de R$ 138 mil com a CEB", informa Souza.

Devido às instalações provisórias, o movimento na feira caiu. "70% das vendas caíram. É um descaso total do governo com os feirantes. Muitas famílias vivem desse comércio. A nova estrutura vai melhorar muito principalmente o potencial econômico da feira", protesta o presidente da Associação. As obras da nova Feira de Sobradinho, localizada próximas ao terminal rodoviário, estão paradas. O presidente da associação acredita que a situação esteja ainda pior por causa do período de eleições. "São questões políticas. Acredito que a obra só será concluída no novo governo", enfatiza Souza.

Um feirante que não quis se identificar conta que os freqüentadores da feira reclamam do local quente e sem ventilação. "O movimento na feira caiu. Muitos clientes deixam de vir ao local por causa das péssimas condições de estrutura", diz. Outro comerciante enfatiza que a feira existe há 40 anos e nunca teve atenção do governo. "No outro local a estrutura também deixava a desejar. Acreditamos que a nova estrutura seria muito boa, mas, até agora nada foi concluído", reclama. A feirante Joana Braga, 45 anos, conta que a falta de água na terça-feira prejudicou as vendas. "O governo não paga a energia e a gente que fica no prejuízo", lamenta.

Segundo o administrador de Sobradinho, Carlos Augusto de Barros, a obra da Feira definitiva foi embargada pela Agência de Fiscalização (Agefis) por falta de alvará de construção. “A obra foi embargada há três meses, assim que assumi a Administração Regional. A gestão anterior não aprovou um projeto para a construção em cima de uma área que não fazia parte da feira, por isso a obra foi embargada”, explica. Segundo Barros, a Agefis já havia feito oito notificações á Administração para embargo do local. “Estamos correndo para aprovar o projeto o mais rápido possível, mas, a responsabilidade é da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente (Seduma), por isso não temos previsão para retorno das obras. Se o documento estivesse aprovado, a obra estaria concluída em 60 dias”, disse. O administrador está ciente da situação dos comerciantes no local improvisado. “O local já se tornou impróprio para os comerciantes. E agora com a época das chuvas o problema será ainda maior”, declara.

Fonte Sulamita Rosa - Foto Ed Alves - http://www.tribunadobrasil.com.br/site/index.php?p=noticias_ver&id=29062

Nenhum comentário