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A regularização dos condomínios e a proteção ambiental


Candidato a distrital pela primeira vez, Adilson Barreto garante que não falta experiência para efetivar projetos, como a regularização dos condomínios

Adilson fala de sua preocupação com a questão do meio ambiente
Dentro do universo de 855 candidatos à Câmara Legislativa, Adilson Barreto (PV), professor de história e mestrado em gestão ambiental e auditoria ambiental é um dos concorrentes das 24 vagas oferecidas. O servidor público aposentado, que chegou em Brasília em 1985 e desde então tem como objetivo implantar no governo o desenvolvimento sustentável disputa as eleições de outubro pela primeira vez. Segundo Barreto, dois pontos são primordiais nas suas propostas de governo: renovação na Câmara e mobilização social para proteger o meio ambiente.

“Eu sou uma pessoa que sempre atuei na questão ambiental, sobretudo na mobilização social para que a gente pudesse desenvolver um projeto socioambiental que apresentasse algum resultado. O que nos levou a colocar o nome para a candidatura foi essa situação de crise que o DF enfrentou. Colocamos vários nomes que são representantes de condomínios e atuam na área ambiental para renovar a Câmara Legislativa”, ressalta Adilson.

Como presidente da Federação dos Condôminos Horizontais e membro do Conselho do Meio Ambiente do Distrito Federal, Adilson Barreto aposta na regularização dos 513 condomínios existentes no DF para recuperar áreas degradadas e proteger o meio ambiente.

“Quando se regulariza um condomínio ele recebe licença ambiental com várias exigências condicionantes, ou seja, a comunidade tem que trabalhar para gerar uma ecologia equilibrada. E como 25% da população do DF está localizada nesses condomínios seria praticamente uma revolução na área ambiental”, destaca o candidato.

O professor ainda explica que o crescimento das cidades é inevitável com o desenvolvimento populacional, mas restringe esse desenvolvimento com políticas de planejamento e regras mais rígidas com relação às licenças ambientais.

“As pessoas precisam de moradia. Mas nós precisamos planejar o DF para que ocorra um crescimento previsto pelos especialistas. Ela precisa ter critérios. A gente reconhece que é um pouco tardio em algumas situações, mas há como melhorar muitas situações”, diz Barreto.

Para solucionar o déficit habitacional com qualidade de vida o candidato do PV pretende desenvolver políticas, como energia eólica e solar para o abastecimento de energia pública, reutilizar a água dos esgotos e planejar obras de infraestrutura que respeitem as nascentes e o cerrado brasiliense.

“O DF é muito carente de recursos hídricos. Estamos no planalto e apesar de ocupar três das principais bacias, nós temos pouca água. A região também tem os melhores índices de vento, com isso é possível gerar energia eólica. É preciso desenvolver alguns projetos de infraestrutura para proteger esses recursos e desenvolver a educação ambiental”, salienta Adilson.

O compromisso em abrir mão de todos os salários extras recebidos pelos atuais deputados e negociar com independência projetos socioambientais é outra proposta de postura na Casa. “Eu sempre tive uma postura de militância política autônoma, mas há projetos que certamente vamos precisar conversar com o governo, independente de quem seja. A questão dos condomínios é uma prioridade. A regularização desses parcelamentos de solo como compensação ambiental é implantar esses projetos” promete o candidato.

Segundo Adilson, os condomínios geram emprego, melhoraria na qualidade de vida, mudanças na saúde e diminuição na violência. A questão central é preservação ambiental dentro do conceito de sustentabilidade, ou seja, estimular o socioambiental.

No momento em que é questionado sobre propostas para outras áreas, ele destaca a área de saúde como uma possibilidade de recuperação de jovens, diminuição da marginalidade e uso de drogas. Adilson Barreto foi professor e ex-diretor de duas escolas públicas, locais que despertaram o seu interesse pela implantação da educação integral.

Por Marôa Pozzebom/JC - Foto: Júnior Nobre

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