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VIOLÊNCIA E PRECONCEITO

Nos últimos dias temos visto nos noticiários que pessoas sofreram agressões nas ruas de São Paulo. Algumas receberam rótulos. Mas poderia ser qualquer um de nós: homem ou mulher, negro ou branco, nordestino ou paulistano, cristão ou judeu. O fato é que a violência e o preconceito não se justificam. A sociedade não pode se omitir diante de situações como essa, em que impera a selvageria.

A gravidade desses episódios de ira gratuita requer resposta imediata. As autoridades devem cumprir rigorosamente o seu papel, mas a responsabilidade é de todos. Que valores estamos pregando? E aqui cada um sabe onde o calo aperta. É fácil eximir-se de culpa e apontar a do outro. Mas o momento é de reflexão, consciência e atitude. Calar-se é concordar com a bestialidade, da qual pretensamente não fazemos parte.

É preciso muita estupidez para não respeitar as diferenças, não reconhecer o ser humano em sua alteridade. A tolerância, pelo menos, deve ser exercitada, quando a concordância não for possível. Vivemos na era da comunicação e da revolução tecnológica. Há muito tempo deixamos a pedra lascada. No entanto, hominídeos convivem conosco. Por isso, “viver é perigoso”, sentenciou Guimarães Rosa.

Por Joel Pires
Especial para o Jornal de Sobradinho

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