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DEU NO DFTV/GLOBO: 108 famílias permanecem na Vila Rabelo em Sobradinho II

Elas aguardam a construção de novas casas, na Vila Buritizinho. Algumas residências ficam na encosta de um morro. De acordo com a Sudesa, todas as famílias devem ser removidas em até dois meses.

Nesta sexta-feira (8), mais quatro famílias estão sendo transferiras da Vila Rabelo. Eles fazem parte de uma das 152 famílias que estão sendo transferidas da área de risco. A família do servente de pedreiro Luiz Batista está entre elas. Ele conta que está satisfeito, pois acredita que vai para um lugar melhor. “Nós já estamos acostumados com o lugarzinho da gente, mas eu estou feliz”, relata.

A empregada doméstica Francisca dos Santos não estava muito animada com a mudança, mas sabe que tem que sair do local. “Nós já estamos acostumados com nosso canto. Vamos ter que nos adaptar ao outro lugar”, diz.

Às 22h, funcionários da Agência de Fiscalização do DF (Agefis) e do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) começaram a retirar móveis, eletrodomésticos e objetos das casas. Quando as famílias saem, as construções são demolidas imediatamente, para evitar que outras pessoas passem a morar no local.

O repositor Felipe Sousa mora perto de um barranco. Quando chove, ele conta que não dorme. O rapaz não vê a hora de ir embora. “Nós temos medo que aconteça alguma coisa. É só Deus mesmo. Quando chove, eu durmo fora de casa com os meninos”, conta.

A remoção é feita para a Vila Buritizinho, que fica a sete quilômetros da Vila Rabelo. Quem já se mudou, comemora o novo endereço, mesmo ainda morando de forma improvisada.

“Só de deitarmos à noite para dormir e não precisar ficar levantando para checar se os filhos estão bem, se não caiu nada em cima deles, está bom”, avalia a auxiliar de serviços gerais Eliane Silva.

Das 153 famílias em risco, apenas 45 já foram retiradas. De acordo com o coordenador de operações da Sudesa na Vila Rabelo, major Alex Paulino, as outras famílias devem ser retiradas em, no máximo, dois meses.


“O processo está lento porque as próprias famílias estão construindo a sua casa, por sugestão da própria população. No início, uma empresa estava construindo as casas, mas por problemas burocráticos, ela não pode continuar”, declara o coordenador de operações.

Ainda segundo o major Alex, o governo está providenciando a compra de materiais de construção. Quanto ao risco das famílias que ainda não foram transferidas, ele explica que está havendo um acompanhamento. “Nós fazemos vistorias diárias na área, com auxílio da Defesa Civil, para acompanhar qualquer problema”, completa.


(*) ASSISTA O VÍDEO EM ANEXO, CLICANDO NO TÍTULO DESTE ARTIGO

Por Luísa Doyle / Juarez Dornelles

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