*Leandro Cipriano
Saúde, saneamento básico, transporte, segurança e educação. Serviços essenciais em qualquer cidade, e que os cerca de 30 mil moradores da Fercal esperam ansiosamente, agora que o local se tornou de fato uma região administrativa do Distrito Federal. Apesar de ter sido estabelecida como a 31ª RA, a Fercal começou a se formar como cidade há 55 anos. Desde então, a luta social por uma infraestrutura melhor foi a principal questão dos moradores.
A sete quilômetros de Sobradinho II, a Fercal foi formada quando os trabalhadores da fábrica de cimento, que dá nome à região, se instalaram na área. Muitos desses funcionários, já aposentados, moram até hoje no local. Contudo, desde aquela época, os habitantes não possuem sequer a estrutura básica de uma cidade. Não há hospital, postos de saúde, delegacias ou rede de esgoto. Em torno de 12 mil pessoas não têm acesso a água potável. Há somente uma linha no transporte público atendendo a região, e apenas uma escola é responsável por mais de mil alunos, dos ensinos Fundamental, Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Sobrevivência
A líder comunitária e delegada do Conselho Participativo da Fercal Raulina Araújo Nascimento conta como a comunidade sobreviveu nesses 50 anos. “Tivemos que aguentar a falta de profissionais de saúde, de postos de fiscalização, creches e a poluição das fábricas. Tudo que conseguimos foi com muita luta pelos nossos direitos. Desde a luz que usamos até o asfalto, foi graças aos moradores”, observou a delegada. “Hoje nós somos vitoriosos, porque poderemos contar com uma verba do governo para a administração e a comunidade”, complementou Raulina.
Severino Ferreira, ex-vice presidente da Associação de Moradores, espera que, como região administrativa, a Fercal possa usufruir de todos os direitos e serviços básicos de uma cidade do Distrito Federal.
“Um dos benefícios é a possibilidade de parte dos impostos vindo das fábricas ficarem na cidade. Para se ter uma ideia, cerca de R$ 160 milhões são arrecadados por ano, e nada fica na Fercal”, apontou Ferreira.
O radialista Silvério Pereira Dias, responsável pela Fercal FM, também sabe das necessidades emergentes da região. Mas aguarda uma mudança positiva com a regularização.
“Com essa nova dimensão da política da Fercal, esperamos conseguir ter o mesmo êxito das outras cidades. Afinal de contas, ela vai fazer 56 anos, e para nós é um grande presente de aniversário virar região administrativa. Contamos com a colaboração da comunidade e do governo, para vir com vontade de trabalhar”, comentou Silvério, há dez anos à frente da Fercal FM.
Por Leandro Cipriano/ clicabrasilia - visto no Clipping Sobradinho II
Saúde, saneamento básico, transporte, segurança e educação. Serviços essenciais em qualquer cidade, e que os cerca de 30 mil moradores da Fercal esperam ansiosamente, agora que o local se tornou de fato uma região administrativa do Distrito Federal. Apesar de ter sido estabelecida como a 31ª RA, a Fercal começou a se formar como cidade há 55 anos. Desde então, a luta social por uma infraestrutura melhor foi a principal questão dos moradores.
A sete quilômetros de Sobradinho II, a Fercal foi formada quando os trabalhadores da fábrica de cimento, que dá nome à região, se instalaram na área. Muitos desses funcionários, já aposentados, moram até hoje no local. Contudo, desde aquela época, os habitantes não possuem sequer a estrutura básica de uma cidade. Não há hospital, postos de saúde, delegacias ou rede de esgoto. Em torno de 12 mil pessoas não têm acesso a água potável. Há somente uma linha no transporte público atendendo a região, e apenas uma escola é responsável por mais de mil alunos, dos ensinos Fundamental, Médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Sobrevivência
A líder comunitária e delegada do Conselho Participativo da Fercal Raulina Araújo Nascimento conta como a comunidade sobreviveu nesses 50 anos. “Tivemos que aguentar a falta de profissionais de saúde, de postos de fiscalização, creches e a poluição das fábricas. Tudo que conseguimos foi com muita luta pelos nossos direitos. Desde a luz que usamos até o asfalto, foi graças aos moradores”, observou a delegada. “Hoje nós somos vitoriosos, porque poderemos contar com uma verba do governo para a administração e a comunidade”, complementou Raulina.
Severino Ferreira, ex-vice presidente da Associação de Moradores, espera que, como região administrativa, a Fercal possa usufruir de todos os direitos e serviços básicos de uma cidade do Distrito Federal.
“Um dos benefícios é a possibilidade de parte dos impostos vindo das fábricas ficarem na cidade. Para se ter uma ideia, cerca de R$ 160 milhões são arrecadados por ano, e nada fica na Fercal”, apontou Ferreira.
O radialista Silvério Pereira Dias, responsável pela Fercal FM, também sabe das necessidades emergentes da região. Mas aguarda uma mudança positiva com a regularização.
“Com essa nova dimensão da política da Fercal, esperamos conseguir ter o mesmo êxito das outras cidades. Afinal de contas, ela vai fazer 56 anos, e para nós é um grande presente de aniversário virar região administrativa. Contamos com a colaboração da comunidade e do governo, para vir com vontade de trabalhar”, comentou Silvério, há dez anos à frente da Fercal FM.
Por Leandro Cipriano/ clicabrasilia - visto no Clipping Sobradinho II
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