ECONOMIA: Calote do consumidor volta a crescer com cartões de crédito e cheques sem fundo
Pesquisa da Serasa mostrou que juros altos também foram culpados pela inadimplência
Depois de três quedas consecutivas, o calote do consumidor teve a primeira alta do ano e registrou crescimento de 4,9% na passagem de fevereiro para março, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor.
Você tem algum tipo de dívida?
Nos três primeiros meses do ano, a inadimplência dos brasileiros acumulou alta de 18,2%, inferior ao crescimento de 21,4% registrado no mesmo período de 2011.
Já o comparativo de março deste ano com o mesmo mês de 2011 mostrou elevação de 19,8%.
Economistas da Serasa Experian apontam as dívidas não bancárias, como cartões de crédito e empréstimos de financeiras, e os cheques sem fundo como vilões do pagamento em dia.
Os cheques sem fundo tiveram a maior parcela de culpa na inadimplência, com alta de 18%. Já o calote com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e contas de telefone, energia elétrica e água teve aumento de 6,9%.
Além disso, a diferença de março para fevereiro coincide com o período em que os consumidores acabaram de pagar o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e também a compra de materiais escolares.
Segundo a Serasa Experian, os juros altos também continuam impactando o consumidor mais endividado no cheque especial e no rotativo do cartão de crédito.
Valor das dívidas
O valor médio das dívidas com cartões de crédito e outras modalidades não bancárias cresceu 27,3% de março de 2011 para março de 2012, passando de R$ 317,81 para R$ 404,57.
Já os débitos com cheques sem fundo subiram 13%, de R$ 1.264,35 para R$ 1.428,37.
As dívidas com títulos protestados aumentaram 9,7%, de R$ 1.213,92 para R$ 1.331,74. A inadimplência com os bancos teve o menor crescimento, de 0,1%, passando de R$ 1.285,45 para R$ 1.286,65.
Inadimplência x consumo
O calote dos brasileiros tem sido apontado como uma barreira ao crescimento do consumo, ainda que o cenário seja de estímulo Às compras.
Recentemente, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o banco privado HSBC reduziram os juros praticados em cartões de crédito e empréstimos como forma de baratear o crédito para o consumidor e incentivar as compras no comércio.
Porém, o impacto no consumo só deverá ser sentido na segunda metade do ano, segundo o presidente do Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), Claudio Felisoni de Angelo. Isso porque a inadimplência do consumidor continua em alta.
Na última quarta-feira (11), um estudo do Provar/FIA indicou que o consumo deverá desacelerar consideravelmente no segundo trimestre deste ano, em virtude, sobretudo, do calote do consumidor. A intenção de compra para os meses de abril, maio e junho é a pior desde o primeiro trimestre de 2008 - apenas 58% da população pretende comprar bens duráveis.
O calote, argumenta o presidente do Provar, é a principal pedra no sapato dos bancos para repassar o dinheiro.
– Os bancos alegam o custo alto dos financiamentos e a própria inadimplência que está em ascensão, o que aumenta o risco de crédito e deixa as instituições financeiras mais criteriosas na hora de liberar o crédito.
Fonte R7/ foto google images
Depois de três quedas consecutivas, o calote do consumidor teve a primeira alta do ano e registrou crescimento de 4,9% na passagem de fevereiro para março, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor.
Você tem algum tipo de dívida?
Nos três primeiros meses do ano, a inadimplência dos brasileiros acumulou alta de 18,2%, inferior ao crescimento de 21,4% registrado no mesmo período de 2011.
Já o comparativo de março deste ano com o mesmo mês de 2011 mostrou elevação de 19,8%.
Economistas da Serasa Experian apontam as dívidas não bancárias, como cartões de crédito e empréstimos de financeiras, e os cheques sem fundo como vilões do pagamento em dia.
Os cheques sem fundo tiveram a maior parcela de culpa na inadimplência, com alta de 18%. Já o calote com cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e contas de telefone, energia elétrica e água teve aumento de 6,9%.
Além disso, a diferença de março para fevereiro coincide com o período em que os consumidores acabaram de pagar o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e também a compra de materiais escolares.
Segundo a Serasa Experian, os juros altos também continuam impactando o consumidor mais endividado no cheque especial e no rotativo do cartão de crédito.
Valor das dívidas
O valor médio das dívidas com cartões de crédito e outras modalidades não bancárias cresceu 27,3% de março de 2011 para março de 2012, passando de R$ 317,81 para R$ 404,57.
Já os débitos com cheques sem fundo subiram 13%, de R$ 1.264,35 para R$ 1.428,37.
As dívidas com títulos protestados aumentaram 9,7%, de R$ 1.213,92 para R$ 1.331,74. A inadimplência com os bancos teve o menor crescimento, de 0,1%, passando de R$ 1.285,45 para R$ 1.286,65.
Inadimplência x consumo
O calote dos brasileiros tem sido apontado como uma barreira ao crescimento do consumo, ainda que o cenário seja de estímulo Às compras.
Recentemente, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o banco privado HSBC reduziram os juros praticados em cartões de crédito e empréstimos como forma de baratear o crédito para o consumidor e incentivar as compras no comércio.
Porém, o impacto no consumo só deverá ser sentido na segunda metade do ano, segundo o presidente do Provar (Programa de Administração do Varejo), da FIA (Fundação Instituto de Administração), Claudio Felisoni de Angelo. Isso porque a inadimplência do consumidor continua em alta.
Na última quarta-feira (11), um estudo do Provar/FIA indicou que o consumo deverá desacelerar consideravelmente no segundo trimestre deste ano, em virtude, sobretudo, do calote do consumidor. A intenção de compra para os meses de abril, maio e junho é a pior desde o primeiro trimestre de 2008 - apenas 58% da população pretende comprar bens duráveis.
O calote, argumenta o presidente do Provar, é a principal pedra no sapato dos bancos para repassar o dinheiro.
– Os bancos alegam o custo alto dos financiamentos e a própria inadimplência que está em ascensão, o que aumenta o risco de crédito e deixa as instituições financeiras mais criteriosas na hora de liberar o crédito.
Fonte R7/ foto google images
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