JUSTIÇA: DELEGADO E ESCRIVÃO DA POLÍCIA CIVIL SÃO CONDENADOS POR CORRUPÇÃO
Governador
Agnelo Queiroz excluiu dos quadros do Executivo delegado e escrivão acusados de
usar o cargo para obter vantagens
Delegado
Crizanto: conhecido pelo caso Mário Eugênio, teria cobrado para evitar
derrubada em condomínio
Um delegado
aposentado e um escrivão da Polícia Civil do DF condenados por corrupção,
improbidade administrativa e peculato foram demitidos na última sexta-feira.
Francisco de Assis Barreira Crizanto, que atuou como assessor do ex-governador
Joaquim Roriz (sem partido), e o escrivão Wellington dos Santos Cardoso foram
excluídos do quadro da corporação em ato do governador Agnelo Queiroz (PT)
publicado no Diário Oficial do DF da última sexta-feira.
Crizanto foi
condenado pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), que apontou a
participação dele em licitações irregulares realizadas em 1994. Em 2000, o
então delegado teria ordenado — sem amparo de uma decisão judicial — a
derrubada de uma cerca da Chácara 29
do Núcleo Rural do Córrego do Torto com a finalidade de obtenção de
vantagem econômica, ainda de acordo com a Justiça.
No processo,
foram anexadas conversas telefônicas interceptadas entre Crizanto e o então
advogado do Condomínio Privê, Manoel Barreto Pinheiro. Nas ligações, o delegado
cobra recebimento de lotes na área clandestina em troca de proteção à expansão
do loteamento. À época, ele era delegado da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O).
No ano que foi denunciado, em 2002, ele estava licenciado para concorrer a uma
vaga de deputado distrital pelo PSD, da base de Roriz. Além da perda da função
pública, Crizanto teve os direitos políticos suspensos e a aposentadoria
cassada.
Por Mara
Puljiz/ Correio Braziliense
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