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SAÚDE: UNIDADES DO HOSPITAL DE SOBRADINHO VIABILIZAM CIRURGIA PLÁSTICA REPARADORA

*Amandda Souza

Atendimento a pacientes acidentados ou em tratamento de câncer

As áreas médicas do Pronto Socorro do Hospital Regional de Sobradinho se uniram à Cirurgia Plástica em benefício do paciente e os resultados têm sido positivos. O modelo de parceria, na Rede de Saúde do Distrito Federal, surgiu há um ano, com o fim de realizar operações reparadoras após acidentes, fraturas e casos de câncer. Hoje, além da Ortopedia, a Clínica Cirúrgica e a Ginecologia (mastectomia) também recebem este tipo de atenção.

Com isso, as pessoas que sofrem fraturas ou têm consequências estéticas após a luta contra o câncer e dão entrada no HRS, conseguem o tratamento adequado do início ao fim de sua internação, e raramente precisam procurar outros especialistas fora do hospital.

Assim foi o caso de Adriano Santos Pereira, 18 anos, jovem estudante que caiu de moto e fraturou as duas pernas. Após tratar o lado ortopédico, ele realizou a operação para repor a pele e músculos que haviam sido atingidos.

“Eu não sentia nada (ao tocar nas pernas) e agora já começo a sentir. Além de ver o resultado, pouco a pouco, aumenta a autoestima da gente, porque com a perna feia e machucada, nem bermuda eu queria colocar mais”, disse.

De acordo com o cirurgião plástico Leonardo Magalhães, um dos médicos da equipe do hospital de Sobradinho, o objetivo é sempre proporcionar o melhor benefício estético ao paciente. “Na ortopedia, por exemplo, operamos os paraplégicos portadores de úlceras de decúbito, os pacientes de fraturas expostas ou feridas de grande extensão, que necessitam de enxertos ou retalhos. Também fazemos reconstrução do tecido, com o intuito de fazer o paciente se sentir bem novamente”, explica.

Com a dona de casa Valda Rosa de Sousa, 70 anos, a história não foi diferente. Ela teve câncer de pele que atingiu sua face, principalmente na região nasal, diagnosticado há três anos. Após o tratamento, pôde realizar a cirurgia de reconstrução de face, há 20 dias, e hoje voltou a sorrir.

“Antes, eu não conseguia me olhar no espelho e tinha um buraco em meu rosto. Eu tinha vergonha de sair de casa. Agora, sou muito agradecida aos doutores que me atenderam e, quando meu rosto desinchar, vou ficar ainda melhor”, lembra.

O hospital trabalha com esse tipo de cirurgia reparadora em quatro frentes: casos de câncer de pele, mastectomia (retira completa dos seios), acidentados e orelha de abano. O atendimento acontece em esquema eletivo, com o auxílio de outros três cirurgiões, Adilson Farrapeira, Armando dos Santos e Eduardo Natal, e cobre ambulatórios, centro cirúrgico e enfermarias. Há dias específicos em que os pacientes internos do próprio HRS são atendidos, e dias para os externos - de outras regionais.

História

A ideia da criação do serviço de Cirurgia Plástica no Hospital Regional de Sobradinho em 2011, tinha como objetivo desafogar apenas a demanda reprimida do Hospital Regional da Asa Norte, mas na maioria das vezes, apenas cirurgias de pequeno porte eram feitas.

Na mesma época, foi feito um trabalho em conjunto com a clínica cirúrgica para tratar pacientes vítimas de trauma em que parede abdominal permanecia aberta por algum tempo para tratamentos específicos nos órgãos internos. “Nossa equipe realizava o fechamento da parede abdominal desses pacientes, evitando o surgimento de hérnias abdominais tardias. Conseguimos diminuir o tempo de internação, as complicações pós-operatórias das cirurgias do trauma e, resolver de forma definitiva os problemas decorrentes de inflamação, como hernias”, conta o Leonardo Magalhães.

No ano passado iniciou-se o trabalho com a ortopedia, uma iniciativa da equipe médica da Cirurgia Plástica do próprio hospital, já que Sobradinho tem um serviço estruturado de traumato-ortopedia no HRS, referência em toda região, com considerável procura por tratamentos especializados.

E, há poucos meses, surgiu a parceria com a ginecologia, que acontece também nos demais hospitais da rede, com o objetivo de reconstruir a mama das pacientes submetidas à mastectomia (retira completa dos seios) para tratamento de câncer.


Fonte: Amandda Souza- SES/DF

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