SAÚDE: 10% da população tem insuficiência renal crônica
Em algumas
fases tem a necessidade de diálise
A
insuficiência renal crônica é a perda lenta do funcionamento dos rins, que tem
como principal função remover os resíduos e o excesso de água do organismo.
“Por ser lenta e progressiva, a perda da função renal mantêm o paciente até
certo ponto da doença sem nenhum sintoma, até que tenham perdido 50% de sua
função renal, os pacientes permanecem quase sem sintomas”, explica a
coordenadora da Nefrologia do Hospital de Base do Distrito Federal, Odimary
Silva.
De acordo
com o coordenador de hemodiálise da SES/DF, Marcelo Lodonho, cerca de 1.400
pessoas estão inseridas no programa de diálise no DF, entretanto estima-se que
até 10% da população adulta sejam portadores de algum quadro de perda de função
renal. “A doença mais frequente é a doença renal crônica, que em sua fase
avançada pode acarretar necessidade de diálise. A litíase renal (pedra nos
rins) também é uma doença frequente que acomete até 30% da população”, concluiu
As
principais causas da insuficiência renal crônica são a hipertensão arterial, o
diabetes e a glomerulonefrite (inflamação crônica dos rins).
Tratamento
Os primeiros
sintomas e sinais da doença são: anemia leve, pressão alta, edema (inchaço) dos
olhos e pés, mudança nos hábitos de urinar (levantar diversas vezes à noite
para urinar) e do aspecto da urina (urina muito clara, sangue na urina, etc).
Deste ponto até que os rins estejam funcionando somente 10 a 12% da função
renal normal, pode-se tratar os pacientes com medicamentos e dieta. Quando a
função renal se reduz abaixo desses valores, torna-se necessário o uso de
outros métodos de tratamento da insuficiência renal: diálise ou transplante
renal.
Uma das
principais formas de tratamento é o controle da hipertensão arterial e da
diabetes. O objetivo é manter a pressão arterial abaixo de 130/80 mmHg. Uma
alimentação balanceada também pode evitar que a doença chegue a um estágio mais
avançado, as orientações são: Não fume, coma alimentos com pouca gordura, faça
exercícios regularmente (sempre consulte um médico antes de começar qualquer
atividade física) e mantenha sua glicemia sob controle.
Consultas,
exames e tratamentos podem ser marcados e agendados pelo sistema de regulação
nas próprias regionais de saúde. O paciente pode receber encaminhamentos de
Postos de Saúde e hospitais regionais. As consultas são feitas nos ambulatórios
de Nefrologia dos Hospitais de Taguatinga, Sobradinho, Santa Maria, Gama e
Hospital de Base, de segundas às sextas-feiras, das 7h às 18h.
Por Bianca Lima, Agência Saúde DF
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