Estatuto da Igualdade Racial completa 5 anos nesta segunda
Por meio da
Semidh, Governo de Brasília desenvolve ações para equiparar direitos e superar
racismo
O Estatuto da Igualdade Racial, Lei 12.288/2010, completa cinco
anos de vigência nesta segunda-feira (20), com o desafio de equiparar direitos
e superar o racismo. Em 65 artigos, o estatuto abrange diversas áreas como
cultura, esporte, saúde, moradia, religião e comunicação.
No Governo
de Brasília, as ações de combate ao racismo estão a cargo da Secretaria de
Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Semidh), por
meio da Secretaria Adjunta de Igualdade Racial. Além de gerenciar as
informações do Disque Racismo (156, opção 7), a Semidh tem outros projetos
nessa área.
Entre as
ações, realiza, no momento, a Caravana da Juventude Negra, projeto que leva a
12 cidades do DF cursos gratuitos de informática, áudio-visual, cinegrafista e
elaboração de projetos culturais. Além disso, prepara o lançamento do projeto
Afroempreendedor. A minuta de regulamentação da Lei distrital que legaliza o
projeto já foi aprovada. Falta apenas o aval do governo.
Estatísticas
Segundo dados da Codeplan, responsável pela operação técnica do serviço, em
2014 foram registradas 13.894 ligações. Este ano, de janeiro a julho, foram
4.396. Nem todas as ligações se referem a denúncias, mas, quando elas surgem,
são encaminhadas à Ouvidoria da Semidh para providências. Dependendo do caso, a
polícia, o Ministério Público ou a Justiça podem ser acionadas.
Já as
estatísticas da Polícia Civil indicam o registro de 303 boletins de ocorrência
sobre injúria racial em 2012; 430 em 2013; e 62 em 2014. Os casos tipificados
como racismo, considerado crime inafiançável e com punição mais grave, são bem
menores: 7 em 2012, 4 em 2013 e 3 em 2014. Os dados de 2015 ainda não foram
computados.
“Há 5 anos o
Brasil deu importante passo jurídico rumo à igualdade racial, mas é fato que, a
despeito do Estatuto da Igualdade Racial, ainda estamos muito distantes da
cidadania de toda a população brasileira. As recentes e crescentes ocorrências
de crime de racismo, por si só expressam a necessidade inadiável da junção de esforços,
governo e sociedade, para trabalharmos em favor da eficácia da Constituição
Federal e do Estatuto”, disse a secretária adjunta de Igualdade Racial da
Semidh, Vera Araújo.
Ouvidoria
A ouvidora da Semidh, que recebe as ligações do 156 opção 7, funciona das 8h às
18h, de segunda a sexta-feira. Ainda é possível enviar email para ouvidoria
ouvidoria.semidh@gmail.com ou comparecer presencialmente no Anexo do Palácio do
Buriti, 8º andar, Sala 810
O Disque
Racismo do DF atende às populações negra, indígena, cigana, bem como às
comunidades tradicionais de matriz africana, com acompanhamento que vai além do
registro da denúncia.
Já o Governo
Federal, mantém, por meio da Secretaria de Políticas de Promoção da Iguadade
Racial (Seppir), o telefone 100, pelo meio do qual as pessoas podem fazer
denúncias de racismo.
Pelo Código
Penal Brasileiro, injúrias motivadas por elementos referentes a raça, cor,
etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de
deficiência podem render ao acusado prisão de 1 a 3 anos, além de multa.
Maioria
Os
negros são, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad)
de 2013, mais da metade da população brasileira, 52,9% – soma daqueles que se
declaram pretos e pardos. Em Brasília,
dados divulgados pela Codeplan revelam que mais de 57% da população do
Distrito Federal se declara negra.
Fonte: Ascom Semidh
Nenhum comentário
Postar um comentário