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ARTIGO: PETROBRAS SÍMBOLO DE SOBERANIA




(*) Henrique Matthiesen

 Desde sua criação a Petrobras provocou enorme descontentamento de nossas elites complexadas, e a ira das forças imperialistas inconformadas com a afirmação soberana de nosso país.

Denunciou Getúlio Vargas em sua carta Testamento: “Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho.

A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras, mal começa esta a funcionar a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o povo seja independente.”

Entretanto, as aves de rapina continuam a atuar para sucatear e dizimar esse símbolo. Ações de obstaculizar a empresa, adicionado aos grupos de bandidos que a usurparam, juntamente com os ataques diretos da oposição elitista e antissoberania têm provocado inomináveis danos a Petrobras.

A descoberta do Pré-Sal foi a senha deste irracional ataque de forças internacionais contra a riqueza de nosso povo.

Começando pela espionagem feita pelo governo norte-americano na empresa, documentos vazados por Edward Snowden, analista de inteligência contratado pela NSA, revelam a invasão desta agência do governo Americano com o objetivo de roubar segredos da Petrobrás.

Aliadas do maior partido oposicionista do Brasil, que comungam do mesmo idealismo de submissão aos interesses externos, a mídia tem feito seu papel.

Uma avassaladora campanha midiática com protagonismo de juízes e promotores acéfalos de conceitos de Soberania, tem embutido no imaginário popular a desconstrução criminosa da Petrobrás.

No Poder Legislativo é fácil encontrar os velhos vendilhões da pátria, figuras sorumbáticas como José Serra, Aécio Neves, Aluísio Nunes estão ávidos para aprovar o PLS 131 que entrega nosso petróleo ao capital estrangeiro, um verdadeiro crime de lesa-pátria.

Esta iniciativa encontra no monopólio da mídia ecos como por exemplo, o jornal “O Globo” da família Marinho, em um de seus editoriais decreta: "sanear a Petrobras e desobrigá-la de estar à frente da exploração do pré-sal são movimentos evidentes para fazer a estatal sair da catalepsia empresarial. Outro passo é não forçá-la a arcar com o custo elevado de equipamentos protegidos por políticas de reserva de mercado, rota certeira para a ineficiência".

O texto finaliza dizendo que “o Congresso precisa agir".

Enquanto isso, parte deste governo que foi eleito justamente para proteger o patrimônio público se locupletou dele, outros por analfabetismo histórico não compreendem a importância e os riscos destes ataques, e outros continuam sentados em suas cadeiras confortáveis no ar-condicionado.

É preciso uma reação urgente na defesa de um símbolo e de um patrimônio que é uma das mais importantes ferramentas de nosso desenvolvimento nacional.

A Petrobras não pode ficar à mercê de despatriotas vendilhões e nem da ineficiência e covardia daqueles que deveriam protegê-la.
 

(*) Henrique Matthiesen
henrique_matthiesen@yahoo.com.br
Bacharel em Direito
Brasília-DF

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