CIDADE: Mais dois restaurantes comunitários aderem a novo modelo de gestão
Fim dos
contratos emergenciais garantirá economia anual de cerca de R$ 5 milhões no
pagamento de subsídio às empresas administradoras
(*) Ádamo
Araujo
Os
Restaurantes Comunitários de Planaltina e de Sobradinho II passam por reformas
e, até o fim deste mês, serão geridos por empresas no modelo de ata de registro
de preços. Essas unidades se juntam a outras quatro que, desde o início de
fevereiro, não funcionam mais por meio de contrato emergencial para preparo,
fornecimento, transporte e distribuição das refeições.
De acordo
com Jefferson Urani, subsecretário de Segurança Alimentar e Nutricional, da
Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e
Direitos Humanos, durante os contratos emergenciais, o gasto anual somente com
o subsídio era de R$ 9,5 milhões. O novo formato vai garantir uma economia em
torno de R$ 5 milhões.
Planaltina e
Sobradinho II se juntam aos restaurantes de Ceilândia, do Gama, de Brazlândia e
do Paranoá. A principal mudança é que as empresas gestoras têm um prazo de 12
meses renováveis por até 60 meses para trabalhar melhor no lugar. Antes a
validade era de seis meses. Agora, por exemplo, as companhias podem utilizar
maquinário próprio, contratar pessoal por período maior e implantar estrutura
física e de logística que atenda à realidade de cada região.
"Com
mais tempo para explorar a unidade, as empresas podem investir mais no
espaço", afirma o subsecretário. "Isso garante uma prestação de
serviço melhor à população e também pode lhes proporcionar mais retorno
financeiro", completa."A subsecretaria não tem mais qualquer contrato
emergencial."
Com a gestão
prolongada, as companhias tiveram que baixar o valor cobrado ao governo de
Brasília pelo subsídio pago em cada prato. No modelo antigo, o Executivo pagava
mais de R$ 3 por refeição servida. A partir de agora, o repasse médio é de R$
2,57.
A medida que
os contratos foram vencendo, foi iniciada uma reforma nos estabelecimentos para
a substituição da administradora do local. Os serviços ocorrem em períodos
diferentes em virtude da quantidade limitada de servidores para a ação. Cada
unidade demanda cerca de 15 dias de obras antes da chegada da nova gestora.
Todas
cumpriram o procedimento de registro de ata de preços — forma de licitação na
modalidade de concorrência em que as empresas assumem o compromisso de
fornecimento a preços e prazos registrados ou acordados previamente —, mas nem
todas tiveram a necessidade de fazer a alteração contratual.
Em Santa
Maria, na Estrutural, em São Sebastião, em Samambaia, no Riacho Fundo II e no
Recanto das Emas, as administradoras foram contratadas por meio de licitação em
gestões anteriores. O valor cobrado para o subsídio nesses casos ficou próximo
da média e, como os acordos estão vigentes, não houve necessidade de praticar o
novo modelo.
A
Subsecretaria de Segurança Alimentar e Nutricional destaca que de forma alguma
essa medida aumentará o valor de R$ 3 pago pelo cidadão nos restaurantes —, que
funcionam, em média, 26 dias por mês, servindo cerca de 312 mil refeições nas
13 unidades.
(*) Ádamo
Araujo, Foto: Andre Borges/Agência Brasília
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