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CLDF: Entrevista com Deputado Distrital Ricardo Vale


Pensamos no povo de Sobradinho todos os dias

 


1 – O que o seu mandato tem feito para ajudar a cidade de Sobradinho?

R: Sobradinho é uma Região Administrativa que eu faço questão de estar bem próximo. Cuidando e fiscalizando todos os atos relacionados à cidade. Este é o lugar que nasci, que constituí família e moro até hoje. Acompanho todos os movimentos da cidade, desde a reforma da feira até os eventos culturais e turísticos, que melhoram a economia dessa região. Só neste ano meu gabinete já disponibilizou emenda parlamentar para realização da 26ª edição da Via Sacra de Sobradinho e Sobradinho 2, para o Programa Boleiros, que está prestes a virar Lei, para construção do campo sintético de futebol, em Sobradinho 2, construção e reforma do Centro de Ensino Especial 01 de Sobradinho, apoio a eventos culturais, emendas para obras de urbanização e reforma da Feira Modelo. Pensamos no povo de Sobradinho todos os dias, em todas as nossas ações.
 

2 РQuais ṣo os principais problemas que o senhor percebe na atual gesṭo do Governo do Distrito Federal?
 

R: O maior problema do GDF hoje é a própria gestão. O governador Rollemberg tem uma equipe fraca, que não conhece os problemas da população do Distrito Federal e que parece não estar muito preocupada em resolvê-los. Vou dar dois exemplos aqui: Saúde e Segurança Pública. O atual secretário de Saúde é o 3º gestor a passar pela pasta. Eu já convoquei os outros dois secretários anteriores para dar explicação à Câmara Legislativa sobre a real situação da saúde no DF. Nenhum deles soube responder o que de fato estava acontecendo. O governo usa a desculpa da tal “herança maldita” para justificar a lentidão de suas ações. Além disso, existem fortes indícios de que o Governo do Distrito Federal quer privatizar a saúde pública, por meio das OSs. Isso é grave demais! Na Segurança Pública também se repete o cenário de caos. Rebeliões e fugas do Complexo da Papuda são constantes, a sensação de insegurança da população do DF nunca esteve tão grande e, além disso, os Policiais Militares reclamam das condições de trabalho desumanas que estão sendo expostos diariamente.


3 – Como o senhor avalia essa crise política que o Brasil está passando?


Avalio com cautela e preocupação. Não existe só uma crise política. A crise é econômica, política e de princípios éticos. Uma coisa puxa a outra e todas elas puxam o Brasil pra baixo. Defendo que as operações policiais, tipo a Operação Lava Jato continuem investigando os políticos, empresários e cidadãos que cometeram atos de corrupção. Mas, a investigação não pode ter essa seletividade que vem apresentando até agora. Só divulgam o que diz respeito ao PT, só repercutem na imprensa o que tem a ver com o PT. Todos os partidos estão envolvidos em algum esquema de financiamento ilegal das campanhas eleitorais. Esse é um problema que só vai se resolver com uma reforma política. Deve ser por isso que os cidadãos devem ir às ruas e se manifestar. Sinceramente, em minha opinião, existe um golpe em curso. Esse golpe é armado por alguns setores da elite, da Justiça e da imprensa, que não aceitam as mudanças na vida do povo mais pobre ao longo desses 13 anos do governo de Lula e Dilma. Quando digo golpe é porque eles estão se articulando conjuntamente para derrubar uma presidenta, democraticamente eleita, sem nenhuma prova de crime cometido por ela. Isso não tem outro nome!

4 – E o qual o papel do Partido dos Trabalhadores nesse cenário?

O PT precisa continuar denunciando, indo às ruas e defendendo a democracia. Vários de nossos companheiros passaram pelo golpe de 1964, que culminou em mais de 20 anos de ditadura militar. Essa lembrança ainda é muito presente na vida de muitos brasileiros que perderam famílias e direitos durante esse período sombrio. Além disso, o Partido dos Trabalhadores precisa fazer uma autocrítica e apurar todas as denuncias de filiados ao PT que cometeram algum ato ilícito ao longo desses anos de governo. Não passo a mão na cabeça de ninguém, não defendo quem é corrupto, mas também não aceito essas acusações sem provas concretas. Precisamos ter calma para analisar os dois lados e duvidar sempre do que a grande imprensa nos apresenta, pois ela tem lado e, certamente, não está ao lado da maioria da população brasileira.

 

(*) Fonte: Débora Cruz - Jornalista - Gestora em Mídias Sociais
Registro Profissional 9103/DF - Especial para o JS Edição nº 295 de Março de 2016 - Segunda Quinzena.

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