Iluminação pública está em 93,8% da Fercal
Região teve
aumento de 338 habitantes em dois anos, e maior parte das casas fica em
terrenos não regularizados. Dados são de pesquisa divulgada hoje (1º) pela
Codeplan
(*) Jade Abreu
Na região
administrativa mais nova de Brasília, a Fercal, 93,8% dos domicílios são
atendidos com iluminação pública — 2.196 de 2.341. Ainda no quesito infraestrutura,
99,6% das moradias têm acesso à rede elétrica. Os dados constam da Pesquisa
Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) de 2015, divulgada pela Companhia de
Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) nesta terça-feira (1º). Apesar de a
área já existir há 59 anos, ela fazia parte de Sobradinho II e só foi
desmembrada em 2012. Por isso, o estudo na localidade havia sido feito uma
única vez, em 2013.
O diretor de
Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Bruno de Oliveira Cruz, acrescenta que a
percepção de policiamento por parte dos moradores é a sexta maior (64%) entre
as 16 regiões administrativas cujas pesquisas de 2015 foram divulgadas até
então. "A iluminação pública está presente, e isso pode aumentar a
sensação de segurança."
De acordo
com a análise, a Fercal atrai especialmente moradores de Sobradinho. Estima-se
que houve aumento de 338 habitantes em dois anos. Dos atuais 8.746 moradores,
46% têm de 25 a 59 anos. Na região, 72,4% das residências são próprias, mas 70%
delas ficam em terrenos não regularizados e 67,2% estão em algum declive.
De acordo
com a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil, da Secretaria da Segurança
Pública e da Paz Social, o acompanhamento das áreas é feito semestralmente ou,
no caso dos locais com maior vulnerabilidade, todos os dias. Conforme a
necessidade, as informações sobre perigos são encaminhadas aos órgãos
responsáveis para que as pessoas em situação de risco sejam retiradas.
O
administrador regional da Fercal, Estevão Reis, ressalta que, apesar de a área ter
59 anos, ela só foi consolidada como região administrativa há quatro anos.
"Antes, era um bairro de Sobradinho II. Com a autonomia em 2012,
aumentaram os desafios, que ainda são recentes."
Em relação à
pesquisa anterior, houve aumento do ensino superior completo. Em 2013, 93
moradores (1,1%) declararam ter diploma da graduação; em 2015, 159 (1,82%). Ao
incluir mestrado, doutorado e especialização, o número passa para 178
habitantes, o equivalente a 2,03%. A maioria tem o ensino fundamental incompleto
— 51,4% não concluíram o nono ano.
Trabalho
Segundo a
pesquisa, 70% dos moradores têm trabalho remunerado. O comércio é o setor de
mais destaque, com 26,02% dos ocupados, seguido de serviços gerais (21,38%) e
indústria (14,01%). Os índices apontam que 53% exercem ocupações dentro da
região administrativa. A arquiteta da Codeplan Eliana Klarmann destaca que a
região é rica em minérios, o que incentivou a presença de indústria de cimento
no local.
Apesar do
número de pessoas empregadas, a renda domiciliar mensal diminuiu de R$ 2.451,69
em 2013 para R$ 2.294 no ano passado. O estudo foi feito em outubro de 2015,
com amostra de 500 domicílios.
Também
participaram da divulgação dos dados o presidente da Codeplan, Lucio Rennó, e o
diretor de Estudos Urbanos e Ambientais da companhia, Aldo Paviani.
(*) Jade Abreu, da
Agência Brasília
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