Pelos ares. Risco de explosão nas caldeiras do Hospital Regional de Sobradinho
Justiça do
Trabalho determinou a imediata suspensão do uso dos equipamentos na unidade,
que correm risco de explodir
(*) Maria
Eugênia
A juíza
Júnia Marise Lana Martinelli, titular da 20ª Vara do Trabalho de Brasília,
determinou a imediata suspensão da utilização de duas caldeiras do Hospital
Regional de Sobradinho (HRS) que, com mais de 25 anos de uso sem a devida
manutenção, correm risco de explodir, expondo a risco os trabalhadores do setor
e pacientes.
MAIS SOBRE O
ASSUNTO
Fumaça preta
da caldeira do Hospital Regional do Paranoá incomoda servidores e pacientes.
Assista ao vídeo
A decisão
foi tomada ao analisar Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministro Público do
Trabalho (MPT). Segundo a ação, a direção do HRS recebeu da Superintendência
Regional do Trabalho e Emprego sete laudos de infração e um termo de interdição
das caldeiras e que, ao ser questionada sobre a possibilidade de celebrar Termo
de Ajustamento de Conduta (TAC), a Coordenação Geral de Saúde de Sobradinho
respondeu que não poderia realizar as manutenções necessárias “por ausência de
recursos disponíveis”.
Com esses argumentos,
o Ministério Público do Trabalho pediu a suspensão do uso das caldeiras em
questão, além de diversas outras medidas. Em sua decisão, a magistrada
salientou o que o artigo 7º (inciso XXII) da Constituição Federal de 1988 diz
ser dever do empregador, bem assim do tomador de serviços, oferecer aos
trabalhadores ambiente de trabalho saudável e digno, adotando medidas que
reduzam os riscos inerentes ao exercício da profissão, por meio de normas de
saúde, higiene e segurança.
Pedido de
prazo
A Secretaria
de Saúde informou que vai solicitar á Justiça um prazo para resolver a situação
sem que o serviço das caldeiras seja paralisado. A pasta esclareceu que os
equipamentos atendem apenas ao refeitório, já que a roupa é lavada por empresa
terceirizada.
Problemas
com caldeiras são recorrentes na rede pública de saúde do DF. No Hospital
Regional da Asa Norte (Hran), por exemplo, foram registrados vazamento de óleo
em duas ocasiões. O produto, inclusive, foi para no Lago Paranoá, o que rendeu
à Secretaria de Saúde multa por crime ambiental.
No ano
passado, o pronto-socorro do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) precisou se
evacuado em função do superaquecimento da caldeira. (Com informações do
Tribunal Regional do Trabalho)
(*) Maria Eugênia/ Metrópoles
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