SAÚDE: Brinquedotecas ajudam na recuperação de crianças internadas
Saúde
pública do DF conta com 12 espaços lúdicos com atendimento multiprofissional
Agulhas,
médicos por todo lado, medicações. O ambiente hospitalar já é difícil para
adultos, imagine para crianças. Para aliviar o estresse que este cenário pode
causar, as brinquedotecas são importantes aliadas. A saúde pública do DF conta
com 12 espaços desses em hospitais.
Além de
representar um direito da criança brincar no hospital garantido pela Lei
Federal 11.104/2005, sua importância, dentre outras questões, está no fato de
que a brinquedoteca humaniza a assistência à saúde.
Nos
hospitais da rede pública de saúde do DF onde há atendimento de pediatria, além
de deixar a criança brincar, os profissionais utilizam as brinquedotecas como
espaço de tratamento com terapeuta ocupacional, psicólogos e fisioterapeutas, e
também como sala de aula.
"O
objetivo é que a criança tenha a vida mais normal possível dentro do ambiente
hospitalar. No Hospital de Base, além de brincar, elas também estudam,
acompanhados de três professoras da Secretaria de Educação", explica a
chefe da pediatria da unidade, Elisa Carvalho.
Segundo uma
das professoras, Fabiana Martins, em um período as crianças estudam e em outro,
podem brincar, porém, com brinquedos pedagógicos. "Elas adoram essa sala.
É a possibilidade de saírem do leito, como se não estivessem mais no
hospital", ressalta.
Que o diga
Talita Maria, mãe de Matheus Baisch, 9 anos. Internado há oito dias para fazer
uma cirurgia, é na brinquedoteca que ele se distrai. "Ele fez a cirurgia,
começou a andar ontem e hoje a fisioterapeuta já apresentou essa sala para ele.
Ele gostou tanto que pediu para voltar agora", contou a mãe, enquanto o
menino montava um quebra-cabeça, superconcentrado.
Outra que
adora o ambiente é a pequena Amanda Vitória, 3 anos. Paciente crônica,
permanece por meses internada em hospitais. "A brinquedoteca é a alegria
dela. Gosta tanto que quando chega no final de semana quer ligar para as
professoras virem acompanha-la", conta a mãe da menina, Patriciane Santos.
UTI – No
Hospital de Santa Maria, a brinquedoteca fica no Centro de Terapia Intensiva
(CTI) pediátrica e ajuda no tratamento de pacientes crônicos e aqueles
internados com quadro agudo. "Usamos o ambiente lúdico, tanto para o
fisioterapeuta trabalhar a parte motora, quanto para o psicólogo trabalhar a
parte cognitiva", explica a coordenadora de psicologia do CTI, Marcelle
Passarinho.
Segundo a
profissional, as crianças ficam sempre mais animadas quando estão na
brinquedoteca. "Nos pacientes com quadro agudo, percebemos uma mudança de
comportamento, a gente vê uma melhora mais rápida, por estarem saindo do
contexto hospitalar", complementa Marcelle.
CARACTERÍSTICAS
– De acordo com Sirlândia Reis, as brinquedotecas hospitalares têm algumas
especificidades. "Os cuidados com a segurança e com os tipos de brinquedos
precisam atender as necessidades do local e as condições de saúde em que a
criança está inserida", observa. Ela explica que os materiais indicados
para uso em instituições hospitalares são os que permitem a desinfecção entre
os usos.
(*) Fonte: Secretaria
de Estado de Saúde do DF
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