PERSONALIDADE DE SOBRADINHO
Dona da primeira academia
de dança da cidade conta sua história ao Jornal de Sobradinho
Wanja
Motta é dona de uma escola na quadra 5, a qual tem sete professores e 200
alunos
Nascida em Belém do Pará, Wanja chegou a Brasília em 1978- Crédito de foto: Higor Sousa
Bastante
conhecida na região, a professora Wanja Motta, de 59 anos, que foi quem abriu a
primeira academia de dança na cidade, abriu o coração e contou um pouco da sua
história ao Jornal de Sobradinho.
Ela, que é dona de uma escola na quadra 5, a qual tem sete professores e 200
alunos, expôs sua paixão pelo ballet.
Nascida
em Belém do Pará, Wanja chegou a Brasília em 1978, logo após se casar e deixar
a cidade que sempre morou. “Lá no Pará eu estava noiva. Casei em dezembro de
1977 e em janeiro do ano seguinte cheguei aqui. Na época, meu sogro era senador.
Ele se mudou com toda a família para Brasília e eu vim junto”. Antes de se
mudar para a capital do País, a professora de dança já era dona de uma academia
em Belém. “Morei durante um tempo no apartamento dos senadores, mas meu sonho
era ter o meu próprio canto”. Ela explica que foi aí que conheceu Sobradinho.
“Percebi que era uma cidade dormitória e muito tranquila para se viver”.
Logo
que se mudou para Sobradinho, Wanja percebeu que não havia nenhuma escola de
dança na região, principalmente voltada ao ballet, sua grande paixão. “A minha
escola de dança foi a primeira montada aqui. Fui a pioneira. Minha instituição
foi muito bem aceita por todos. Na época, cheguei a ter quase 500 alunas”.
Conforme
explicou a professora, muitas das suas alunas hoje são profissionais de dança.
“Algumas delas se tornaram professoras de ballet. Outras, inclusive, já são donas
de academia, como a Mônica Maia, que é dona de uma academia no Lago Norte”.
A
paixão pela dança, principalmente pelo ballet, começou muito cedo. Desde os três
anos de idade, a mãe de Wanja, Enid Motta, colocou a filha para desenvolver o
que mais gostava, que era a dança. “Minha mãe é a minha maior fã e
incentivadora”, contou emocionada a professora. Enquanto morava no Pará, ela
fez parte de um grupo do professor Augusto Rodrigues. “Lá, dançávamos no Teatro
da Paz. Fiz muitas viagens, como por exemplo, para o Rio de Janeiro e São
Paulo. Uma vez estive na Europa também, onde fiz um curso”. Apesar de Wanja
Motta ter se formado em Educação Física e ter a possibilidade de atuar em
diversas áreas, ela esclarece que não troca o ballet por nada.
Quando mais nova, Wanja Motta viajou para vários lugares, inclusive
para a Europa, onde fez cursos de ballet – Crédito de foto: Higor Sousa/JS
Divorciada
e mãe de dois filhos, Wanja Motta conta que é apaixonada pelas duas netas que
têm. “Tenho um filho e uma filha. Ela me deu duas maravilhosas netas. Uma tem cinco
anos e a outra tem dois. Ambas já fazem ballet”, brinca a professora. Emocionada,
Wanja comemora que já ganhou diversos prêmios, tanto pela Administração
Regional quanto pela Divisão de Cultura. “Recentemente, um professor nosso, que
dá aula aqui, o Luiz Fernando, montou um grupo e ganhou uma competição na
França. Foi tudo muito lindo”.
Wanja Motta é avó de duas garotas. Uma com cinco anos e a outra com
dois. Ambas já são alunas de ballet – Crédito de foto: Higor Sousa/JS
Além
de ser conhecida por causa da academia, Wanja Motta também se tornou popular na
região porque montou uma boate, na época conhecida como Galpão 17, e era dona
de um veículo de comunicação local. “Essas três coisas me tornaram bastante
famosa em Sobradinho. Fiz os primeiros bailes de debutante aqui. Mandávamos
buscar os artistas da Globo e tudo. Construí o meu nome”, comemora a
professora.
Professora de balé Raquel Lamar. Dá aula na escola da professora Wanja |
Turma de ballet infantil da professora Raquel Lamar |
(*)Por
Higor Sousa/JS – (texto e fotos) Exclusivo para a Edição 312 do Jornal de
Sobradinho - Referente a primeira
quinzena de dezembro de 2016.
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