SAÚDE
Farmácia
Viva produziu 25 mil fitoterápicos em 2016
fonte: AGÊNCIA BRASÍLIA, COM INFORMAÇÕES
DA SECRETARIA DE SAÚDE - Foto: Dênio Simões/Agência Brasília
Número
fabricado pela unidade da Secretaria de Saúde neste ano é 11,12% maior que em
2015. Remédios extraídos de plantas são alternativa para substituir
medicamentos industrializados no tratamento de algumas doenças
Em
2016, a Farmácia Viva da Secretaria de Saúde aumentou
a produção dos fitoterápicos, medicamentos extraídos de plantas. De 1º de
janeiro a 13 de dezembro de 2016, foram fabricadas 25.037 unidades, contra
22.252 em todo o ano de 2015, crescimento de 11,12% — ou 3.055 a mais.
Gel de Babosa, produzido na Farmácia Viva da Secretaria de Saúde.
Com
eficácia atestada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), os
fitoterápicos são uma alternativa para quem quer se tratar de alguma doença sem
usar medicamento industrializado. Na lista da Farmácia Viva estão chás,
xaropes, tinturas, pomadas e gel.
Os
vegetais utilizados são: alecrim-pimenta, babosa, boldo, confrei,
erva-baleeira, funcho e guaco. “A proposta é oferecer uma opção terapêutica
importantíssima na promoção à saúde, que tem alicerce em conhecimentos
tradicionais, mas referendada por estudos científicos”, destaca o chefe da
Farmácia Viva, Nilton Luz.
"A proposta é oferecer uma opção terapêutica
importantíssima, que tem alicerce em conhecimentos tradicionais, mas
referendada por estudos científicos “Nilton Luz, chefe da Farmácia Viva
Alguns
fitoterápicos, segundo Luz, podem apresentar menores efeitos colaterais.
“Devemos conhecê-los bem para a sua indicação ou prescrição”, esclarece. O
xarope de guaco, que tem o nome científico de Mikania laevigata, é o
mais procurado pelos pacientes.
Foram
14.263 unidades distribuídas. A solução serve como expectorante no tratamento
de gripe, resfriado e infecções respiratórias que apresentam muco ou catarro.
Para quem é diabético e não pode consumir açúcar, a farmácia fabricou 545
tinturas da planta e 177 pacotes para chá de guaco.
Com
3.921 unidades, em segundo lugar na produção, está o gel de erva-baleeira (Cordia
verbenacea), um anti-inflamatório tópico usado para tratar infecções
locais. Já a tintura de boldo nacional (Plectranthus barbatus), própria
para desconforto digestivo, ficou em terceiro lugar, com 2.348 itens.
14.263 - Quantidade de xaropes de guaco distribuídos pela
Farmácia Viva em 2016
Na
mesma linha do boldo, a tintura de funcho é uma alternativa para gases
estomacais. Já o gel de alecrim-pimenta é indicado para tratamento de infecções
causadas por fungo e bactéria na pele. Para auxiliar na cicatrização de
feridas, há ainda a pomada ou o gel de confrei e o de babosa.
As
plantas são cultivadas de forma orgânica na própria Farmácia Viva, no Riacho
Fundo I, e nos terrenos do Complexo Penitenciário da Papuda e do Centro
Nacional de Recursos Genéticos, parceiros do projeto.
Após
a colheita, as ervas são selecionadas, secadas em estufa e trituradas até se
transformarem em pó. Com esse material, é feita a extração da tintura ou
extrato com álcool. A exceção é a babosa, usada fresca para produção do gel
cicatrizante.
Os
fitoterápicos são entregues mediante apresentação de receita prescrita pelos
médicos nas unidades básicas de saúde. Os remédios podem ser obtidos em 20
locais diferentes, em 12 regiões administrativas: Candangolândia, Brazlândia,
Gama, Guará, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Riachos Fundos I e II,
Samambaia, São Sebastião, Sobradinho e Taguatinga.
Produção de fitoterápicos da Farmácia Viva de
Brasília em 2016
FITOTERÁPICO
|
QUANTIDADE
|
Xarope de guaco (Mikania
laevigata)
|
14.263
|
Gel de erva-baleeira (Cordia
verbenacea)
|
3.921
|
Tintura de boldo nacional (Plectranthus
barbatus)
|
2.348
|
Gel de babosa (Aloe vera)
|
1.841
|
Gel de alecrim-pimenta (Lippia
origanoides)
|
1.076
|
Gel de confrei (Symphytum
officinale)
|
695
|
Tintura de guaco
|
545
|
Chá medicinal de guaco
|
177
|
Tintura de funcho (Foeniculum
vulgare)
|
171
|
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