MEIO AMBIENTE - DF
Caesb inicia captação de água pelo Subsistema
Bananal
Entregue
nesta segunda (30) pelo governador Rodrigo Rollemberg, estrutura pode fornecer
até 726 litros por segundo
(*) gUILHERME pÊRA
O Distrito Federal ganha reforço de até 726 litros
por segundo com a captação de água por meio do Subsistema Produtor de
Água Bananal, entregue nesta segunda-feira (30) pelo governador de
Brasília, Rodrigo Rollemberg.
Entregue nesta segunda (30) pelo
governador Rodrigo Rollemberg, estrutura pode fornecer até 726 litros por
segundo.
A estrutura fica em uma saída da Estrada Parque
Indústria e Abastecimento (Epia), entrada da Granja do Torto.
“Esta é a segunda grande obra de captação entregue
neste governo. A primeira foi a do Lago Paranoá, no início do mês. A do
Bananal, que antes estava prevista para março de 2018, conseguimos entregar
hoje”, disse Rollemberg.
O investimento é de R$ 20 milhões, do Fundo
Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, do Banco do Brasil. Cerca de
200 mil pessoas serão beneficiadas com a captação no Ribeirão Bananal e o
bombeamento para a Estação de Tratamento de Água de Brasília (ETA Brasília).
“Esta é a segunda grande obra de captação
entregue neste governo. A primeira foi a do Lago Paranoá, no início do mês. A
do Bananal, que antes estava prevista para março de 2018, conseguimos entregar
hoje”
Rodrigo Rollemberg, governador de
Brasília
A estrutura passou por testes no fim de semana. “No
sábado [28] e no domingo [29], operamos com 500 litros por segundo. Toda a água
daqui vai para a ETA Brasília, onde se mistura com a do Santa Maria-Torto”,
explicou o diretor-presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do DF
(Caesb), Maurício Luduvice.
Captação no Paranoá em operação assistida
por três meses
Em 2 de outubro,
foi entregue o Subsistema Produtor do Lago Norte, com captação de água do Lago
Paranoá.
A Caesb começará a distribuição em 2018, pois os
três primeiros meses serão dedicados à chamada operação assistida, em conjunto
com a Enfil S.A Controle Ambiental, empresa que tocou as obras.
O investimento ficou em R$ 42 milhões, 15% abaixo
do valor inicial: R$ 49.437.958. O Ministério da Integração Nacional liberou R$
55 milhões — a diferença volta para a pasta federal.
A captação é de 700 litros de água por segundo
no braço do Torto, no Lago Paranoá. A estrutura fica na ML 4, no Setor de
Mansões do Lago Norte. Trata-se de uma estação compacta de tratamento de água,
com membranas de ultrafiltração, uma das mais modernas tecnologias.
Depois, a água vai para dois reservatórios: um no
Lago Norte e um no Paranoá. Os locais já abastecidos, em uma média de 450
litros por segundo, são:
- Asa Norte
- Itapoã
- Lago Norte
- Paranoá
- Parte de Sobradinho II
- Taquari
A Caesb tem também um projeto, já licitado,
para captar, armazenar, tratar e distribuir
água do Lago Paranoá de
forma definitiva. As obras estão orçadas em R$ 480 milhões — o governo de
Brasília negocia financiamento com a Caixa Econômica Federal.
O Sistema Produtor Paranoá vai
atender 600 mil pessoas no Paranoá, no Lago Oeste, no Tororó, em Sobradinho e
nos Condomínios Jardim ABC, Jardim Botânico e Alphaville.
Início da operação do sistema Corumbá
ocorre em 2018
Fruto de um consórcio entre DF e Goiás, as obras do Sistema Produtor Corumbá estão
71% executadas na capital federal. No
estado vizinho, a contagem é feita em etapas: a construção da adutora andou
97%, e a estrutura da captação, 60%.
Cabe à Saneamento de Goiás SA (Saneago) a captação,
em Luziânia (GO), e a construção de 12,7 dos 28 quilômetros da adutora de água
bruta que leva os recursos hídricos para a Estação de Tratamento de Valparaíso
(GO).
À Caesb fica a responsabilidade de construir os
outros 15,3 quilômetros da adutora, assim como a da estação de Valparaíso. O
governo do DF ainda constrói 14 quilômetros de adutora de água tratada para
distribuí-la nas regiões administrativas.
Serão
captados 2,8 mil litros de água por segundo na primeira etapa dos trabalhos —
1,4 mil para o DF e 1,4 mil para Goiás
As regiões do DF que vão receber a água serão Gama
e Santa Maria, em um primeiro momento. Depois, será a vez de Planaltina, do
Recanto das Emas e do Riacho Fundo. Quatro municípios goianos do Entorno fecham
a lista: Cidade Ocidental, Luziânia, Novo Gama e Valparaíso.
As intervenções vão beneficiar cerca de 1,3 milhão
de pessoas — 650 mil no Distrito Federal e 650 mil em municípios goianos do
Entorno — no início da operação do sistema. Em uma segunda etapa, esse número
vai chegar a 2,5 milhões, metade em cada unidade da Federação.
Serão captados 2,8 mil litros de água por segundo
na primeira etapa dos trabalhos — 1,4 mil para o DF e 1,4 mil para Goiás. Em um
segundo momento, para além de 2018, chegará a 5,6 mil litros por segundo,
metade para cada um. O orçamento é de R$ 540 milhões.
Interligação leva água do Santa Maria
para regiões antes abastecidas pelo Descoberto
Até domingo (29), o Descoberto estava com apenas
6,9% dos reservatórios cheios. O Santa Maria-Torto, com 22,9%. Desde julho,
o governo trabalha na interligação que vai levar água de um
sistema para outro. A
transferência para o Descoberto já está na média de 370 litros por segundo e
deve chegar a 700.
O objetivo das obras é assegurar que a água captada
no Bananal e no Lago Paranoá fiquem metade no Descoberto e metade no Santa
Maria. Os dois subsistemas vão aumentar a captação do Santa Maria em mais de
1,4 mil litros por segundo.
Nas
próximas semanas, o restante do Núcleo Bandeirante e o Park Way começam a ser
abastecidos pelo Santa Maria. Mais adiante, Águas Claras e Vicente Pires deixam
o Descoberto
Desde agosto, Guará I e II são abastecidos pelo
Santa Maria. No início de outubro, Lucio Costa, expansão do Guará e Colônias
Águas Claras também migraram do Descoberto para lá. Na semana passada, foi a
vez da Candangolândia e de parte do Núcleo Bandeirante.
Nas próximas semanas, o restante do Núcleo
Bandeirante e o Park Way começam a ser abastecidos pelo Santa Maria. Mais
adiante, Águas Claras e Vicente Pires deixam o Descoberto.
Enquanto isso, a água captada no Lago Paranoá, por
meio do Subsistema Lago Norte, já assegura o abastecimento do Itapoã, Lago
Norte, Paranoá, Taquari e Varjão.
Governo busca empréstimo internacional
para combater a crise hídrica
Tramita na Câmara Legislativa o Projeto de Lei nº 1.762, de 2017,
que possibilita contratação de operação crédito externa
de US$ 41 milhões para o combate à crise hídrica.
Com esse dinheiro, será possível tubular os canais do Rodeador, em Brazlândia,
e do Santos Dumont, em Planaltina.
As ações do Programa Brasília Capital das Águas
visam à proteção dos mananciais do DF. A estimativa é incrementar em até 747
litros por segundo a captação no rio Descoberto ao evitar perdas e permitir
trabalhos na orla do Lago Paranoá.
Pequenas obras de captação no Distrito
Federal
Os trabalhos referentes ao Programa Brasília
Capital das Águas foram iniciados na região do Descoberto. O governo revitalizou mais de 5 quilômetros de
canais naquela área, ao tubular a água.
São os córregos Cristal e Guariroba. Junto a outros
quatro menores, a economia de água vai ser de até 126 litros por segundo, que
chegarão à população pelo Descoberto.
Os recursos foram garantidos por meio de emenda
parlamentar de R$ 400 mil, do deputado distrital Juarezão (PSB). O valor foi
destinado para a compra dos tubos.
No fim de março, a Caesb reativou a captação no Rio
Alagado, no Gama. São 20 litros por segundo, que
beneficiam cerca de 16 mil pessoas na região.
Foram recuperados 4 quilômetros de trechos da
adutora e instalada uma válvula redutora de pressão. A água captada passa por
um tratamento simplificado e é encaminhada para a própria rede de distribuição.
Ainda no Gama, cerca de 15 mil moradores são
abastecidos pelo Córrego Crispim desde novembro de 2016.
São captados 40 litros por segundo desde a reativação de 3 quilômetros de
adutora e a construção de mais 180 metros de redes. A água é tratada e
encaminhada para o Reservatório do Gama.
Nas proximidades do Jardim Botânico e no Lago Sul,
foi aprimorada a captação do Córrego Cabeça de Veado, que desemboca no Lago
Paranoá e complementa o abastecimento nas duas regiões administrativas.
Quatro bombas para essa finalidade foram
revitalizadas. Isso possibilitou o aumento da vazão de captação no córrego de
110 litros para 150 litros por segundo.
Outra medida foi a ativação de um poço, em São
Sebastião, com capacidade de produção de 10 litros de água por segundo. A
estrutura beneficia aproximadamente 4 mil pessoas.
(*)fonte: GUILHERME PERA, EDIÇÃO: RAQUEL FLORES E PAULA OLIVEIRA - Fotos:
Dênio Simões/Agência Brasília
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