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Idoso é espancado por bandidos durante caminhada; onda de violência assusta no DF

 (*) João Paulo Mariano

Moradores da região da Rota do Cavalo, em Sobradinho, estão preocupados com as ocorrências de violência frequentes na área. Na última, no fim da tarde de segunda-feira, a vítima foi um idoso. Ele foi espancado e ainda se encontra internado para tratar dos ferimentos. A comunidade reclama da existência de assentamento na região, onde os criminosos poderiam se esconder.

O homem agredido nesta semana mora no condomínio Recanto da Serra há quase duas décadas e tinha saído para fazer uma caminhada, como comumente faz, na DF-440, próximo à área de chácaras em frente. Por volta das 17h, dois homens encapuzados, acompanhados de cães da raça Rottweiler, e armados, partiram para cima da vítima. O idoso sofreu afundamento de crânio, quebrou um osso da face e teve inchaço nos olhos. Foram necessários mais de 50 pontos para fechar os ferimentos.

O que causa estranheza para outros moradores do Recanto da Serra é que o homem é muito benquisto e não haveria motivo para uma ação como essa. Até porque, no momento da caminhada, ele não portava nenhum objeto de valor. Estava apenas com tênis de corrida e um short. Uma ocorrência foi registrada na 13ª DP (Sobradinho), que vai investigar quem seriam os responsáveis pelo ato. O idoso deve passar por cirurgia para reparar os ossos quebrados.

Acabou o sossego

O caso assustou a população e a deixou ainda mais acuada. O síndico do condomínio, William Carvalho, reclama que muitos se mudam para um residencial fechado para ter mais sossego e são surpreendidos com essas situações. Ele diz que as ocorrências mais graves começaram após as ocupações do assentamento Dorothy Stang, às margens da DF-303, em 2015.

Carvalho denuncia ainda que há ligações clandestinas de água e luz, o que provoca apagões – oito nos últimos 15 dias – e aumento nas contas. No início deste ano, houve uma depredação a portaria do condomínio. Além disso, ele reclama que muitos criminosos utilizam o espaço para se esconder após cometer crimes na redondeza. “O GDF precisa fazer algo para resolver essa situação”, cobra o síndico. São mais de 200 unidades em um condomínio que existe há 25 anos.

Local usado também de esconderijo

O assentamento Dorothy Stang, na DF-404, tem cerca de 600 famílias que fazem parte de uma Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL). Um dos responsáveis pelo policiamento da região de Sobradinho, o subtenente Gilson Marques, explica que seria errado atribuir o aumento da criminalidade ao assentamento.

“Quando se fala em uma invasão, tem pessoas de todos os tipos. Muitos moradores não têm nenhuma relação com os crimes da região”, destaca. Ele pondera, porém, que criminosos muitas vezes acabam se escondendo ali. Marques garante que há um trabalho intenso de policiamento, mas, apesar do esforço, casos isolados ocorrem.

Por meio de nota, o GDF ressalta que o terreno em questão é público e será usado como área habitacional destinada a pessoas de baixa renda, conforme prevê o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal (PDOT).

Os ocupantes vão permanecer mais algum tempo no local devido a um acerto com o governo. Pelo menos até que a Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab) comece a executar a construção das residências. Aqueles que cumprirem as exigências serão atendidos.
(*) Fonte:  João Paulo Mariano - redacao@jornaldebrasilia.com.br,  Jornal de Brasília

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