ECONOMIA
COMÉRCIO DO DF ESPERA
CRESCIMENTO DE 12% NAS VENDAS DURANTE A COPA DO MUNDO
Faltando um mês para a Copa do Mundo de 2018, o comércio
brasiliense se prepara para vender mais. A maioria dos empresários brasilienses
acredita que a Copa do Mundo, que será no perÃodo de 14 de junho a 15 de
julho, terá influência positiva sobre as vendas dos setores de comércio e
serviços no DF, de acordo com a pesquisa A Copa do Mundo FIFA 2018, realizada
pelo Instituto Fecomércio. O resultado esperado nas vendas oscila muito entre
os diferentes segmentos, consolidando no comércio uma expectativa de crescimento
nas vendas de +12,64% e em serviços de +10,28%, na comparação com o mesmo
perÃodo do ano passado. A coleta de dados do estudo ocorreu entre 6 e 11 de
abril e foram entrevistadas 400 empresas de 17 segmentos do comércio e nove de
serviços.
Créditos: Fernando Frazão/Agência Brasil
O presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, afirma que
este é um Ãndice significativo para o perÃodo, devendo beneficiar
principalmente os segmentos ligados a eletrônicos, caracterização pessoal,
vestuário e alimentação. “Além das datas comemorativas tradicionais do ano, em
2018 temos a Copa do Mundo e essa é mais uma oportunidade para os setores de
comércio e serviços reequilibrarem o faturamento, principalmente depois das
baixas que o setor produtivo passou nos últimos três anos”, afirma Adelmir. “O
consumo das famÃlias deve ser a principal contribuição positiva para erguer a
economia novamente e o empresário precisa estar preparado para investir e
estimular as vendas na época de Copa do Mundo”, ressalta. Adelmir aponta também
que o Dia dos Namorados cairá na mesma época do campeonato e que muitos casais
podem optar por presentear o parceiro com artigos relacionados a Copa do Mundo.
Em relação a expectativa de vendas por cada segmento
pesquisado, o de Artigos de Armarinho / Loja de Utilidades tem a maior
pretensão de venda, com um aumento de 37,60%. Depois é o segmento de Joias /
Semijoias/ Bijuteria (37,32%); Minimercado / Mercearias e Armazéns (35,00%);
Suprimento de Informática (30,00%); Calçados / Acessórios / Souvenires
(16,80%); Móveis (16,50%); Padaria e Confeitaria (16,50%); Comércio Varejista
de Bebida (16,06%); Papelaria e Livraria (12,22%); Material de Construção
(9,62%); Vestuário e Acessórios (2,69%); Cama, Mesa e Banho (2,22%); Perfumaria
/ Cosméticos (0,33%); Farmácia (0,16%). Já os segmentos de Ferragens e
Ferramentas (-13,33%); Ótica (-13,23%); e Autopeças e Acessórios (-9,33%)
acreditam que haverá queda nas vendas na comparação anual.
No setor de serviços, as empresas do segmento de Bares, Restaurantes
e Lanchonetes são as que tem as expectativas de vendas mais altas, com 23,56%
de aumento. Seguido por Capacitação e Treinamentos (25,25%); Organização de
Feiras, Congressos e Festas (17,50%); Sonorização, Fotografias e Iluminação
(17,14%); Manutenção e Serviços em TI (10,00%); Petshop (7,78%); Cabeleireiros
(1,67%); e Promoção de Vendas (0,60%). Já o segmento de Manutenção de VeÃculos
(-7,00) acredita que haverá queda nas vendas na comparação anual.
Dentre os empresários entrevistados, 45,6% pretendem ampliar
seus estoques em relação ao mesmo perÃodo do ano passado, 47,6% não ampliarão e
6,8% dos empresários ainda não decidiram. Isso significa que a maioria dos
lojistas e prestadores de serviços está seguindo um comportamento conservador.
A maioria dos entrevistados (65,5%) declarou que está se preparando para
receber o público durante a Copa do Mundo FIFA 2018 com promoções (27,3%),
valorização de suas vitrines (22,2%) e propagandas (15,5%). O empresário
acredita que a forma de pagamento que será mais utilizada serão os cartões de
crédito (83,4%). Já o ticket médio do produto para gastos durante a Copa do
Mundo FIFA 2018 foi estimado em R$ 109,45. Segundo o levantamento, 87% dos
empresários não tem a intenção de contratar trabalhadores temporários para o
perÃodo.
Visão do consumidor
A pesquisa mostra também que 66,3% dos brasilienses
pretendem comprar algum produto durante o perÃodo da Copa do Mundo FIFA 2018.
Esse indicador revela o potencial de consumo para o perÃodo, potencializando os
resultados de vendas do ano como mais um evento promocional no calendário do
varejo. A coleta de dados ocorreu entre os dias 6 e 10 de abril e foram
entrevistadas 401 pessoas. Dentre os que responderam que não irão comprar
durante a Copa, 50,8% declararam que o motivo é por não gostarem de futebol. Os
produtos de maior preferência de compra no perÃodo da Copa foram
Vestuário/Acessórios Temáticos, sendo indicados por 65% dos entrevistados. O
consumo de bebidas segue com 42% das preferências para o perÃodo, bem como
alimentos, com 38,6%.
Assistir aos jogos em casa foi a atividade mais citada, com
56,6% das respostas, indicando que diferentemente de outras datas, o consumidor
tenderá a optar por comemorações caseiras. O preço médio do produto pretendido
pelo consumidor varia de R$ 160,74 a R$ 248,64, fixando-se em R$ 204,70.
Naturalmente, na medida em que aumenta a faixa de renda do consumidor, aumenta
também a disposição para gastos. Vale ressaltar a discrepância entre o ticket
médio pretendido pelo consumidor (R$ 204,70) e o registrado pelo lojista (R$
109,45), uma vez que o consumidor está mais ávido ao consumo e disposto a
gastar do que o lojista está efetivamente esperando.
A forma de pagamento preferida dos consumidores para esta
Copa do Mundo será à vista, com 62,8% das respostas. Esse indicador confirma
que o consumidor ainda não se sente confortável em projetar novos compromissos
a prazo, preferindo comprometer dentro do disponÃvel no momento. Esse
comportamento gera um consumo mais retraÃdo e tÃmido, devendo os lojistas
atentarem para ofertas e promoções mais atrativas para os pagamentos à vista.
Para 27,8% dos entrevistados, a copa tem um efeito positivo com melhora na
economia. Para 74,7% dos entrevistados, a Copa tem um efeito positivo para a
cidade. Já para aqueles que acreditam que a Copa prejudica a cidade (25,3%), um
dos fatores citados foi o comércio fechar no horário dos jogos (57,1%), ou
seja, essa parcela de consumidores acredita que a cidade perde economicamente
por ter seus comércios fechados.
Por Daniel Alcântara / Fecomércio - Publicado originalmente dia 14 de Maio de 2018
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