GREVE DOS CAMINHONEIROS
DESABASTECIMENTO AINDA É
PREOCUPANTE, AFIRMA FECOMÉRCIO
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do
Distrito Federal (Fecomércio-DF) reitera a sua preocupação com os efeitos da
greve dos caminhoneiros. Os segmentos mais atingidos continuam em estado de
alerta. “A situação dos estoques e abastecimento de insumos é melhor nesta
segunda-feira, porém se a greve continuar o quadro pode voltar a ficar
crítico”, afirma o presidente da entidade, Adelmir Santana. Aos poucos, os postos de combustíveis
brasilienses começam a oferecer gasolina. Porém, ainda faltam alimentos
perecíveis nos mercados e o segmento atacadista enfrenta dificuldades. A
Fecomércio-DF considera inadmissível que um movimento grevista, seja ele qual
for, paralise o País e prejudique a sociedade. A Federação espera que os
Poderes brasileiros encontrem uma solução e a situação volte ao normal.
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de
Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis), um dos
segmentos mais prejudicados, a situação dos postos de combustíveis de Brasília,
aos poucos, retorna ao normal. “O abastecimento nos postos de combustíveis da
cidade está sendo feito com escolta policial, mas aos poucos a maioria dos
postos estão com combustíveis para atender a população. Ainda não fizemos a contagem,
mas o combustível está chegando. Houve uma entrega de 3.325 litros de
gasolina”, explica a presidente do sindicato, Elisa Schmitt.
Já o setor de supermercados está preocupado. O presidente do
Sindicato dos Supermercados do Distrito Federal (Sindsuper-DF), Antonio Perón,
afirma que o Ceasa está quase sem frutas, verduras e legumes. “Quando o
empresário encontra algum alimento, o preço é absurdo. Teve empresário que
recebeu proposta de R$ 380 por um saco de batata. Muitos não aceitam o valor e
consequentemente não tem o produto para oferecer em seus mercados. As frutas
vêm de São Paulo, por isso estão escassas na cidade”, alerta Perón. Ainda
segundo ele, os supermercados precisarão de 2 a 3 dias para repor todo o
estoque quando a greve acabar.
O segmento atacadista se reuniu com o Executivo local para
debater o assunto. “Nós temos estoque para abastecer a cidade por 30 dias.
Logicamente que os produtos perecíveis podem acabar, como frutas, verduras e
legumes, mas esperamos que essa situação se resolva o mais rápido possível,
pois não estão chegando novos produtos, apenas estamos comercializando o que
tem em estoque”, afirma o vice-presidente do Sindicato do Comércio atacadista
do Distrito Federal (Sindiatacadista-DF), Roberto Gomide Castanheira.
O segmento atacadista de venda de bebidas afirma que agora a
situação está sob controle. Segundo o presidente do Sindicato do Comércio
Atacadista de Álcool e Bebidas em Geral do Distrito Federal (SCAAB-DF), Érico
Cagali, a situação está quase regularizada. “As grandes distribuidoras como
Ambev, Heineken e Coca-Cola tem abastecimento próprio de combustíveis e por
isso continuam suprindo o mercado. Já as pequenas têm sofrido um pouco mais,
mesmo assim muitos postos estão com combustíveis nas bombas e por isso não há
perigo de desabastecimento de bebidas no DF por enquanto”, ressaltou Cagali.
Por Daniel Alcântara / Fecomércio
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