MORADIA / REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
Regularização significa
valorização do patrimônio
A falta de
regularização prejudica toda a comunidade por barrar o crescimento ordenado e
legal da região
A cada dia
surgem novas obras residenciais nos condomínios irregulares do Distrito
Federal. Infelizmente, segundo dados da Agência de Fiscalização (Agefis), 37%
dos lotes no DF ainda não são regularizados. Essa realidade traz uma série de
prejuízos para a população que habita essas áreas.
Apenas com
um lote em situação regular é possível custear a compra pelo Sistema Financeiro
da Habitação e utilizar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço –
FGTS. A partir deste momento, são
inúmeras as conquistas: liquidez, diminuição do IPTU, valorização do patrimônio
familiar.
Receber a
escritura do lote é uma etapa extremamente importante do processo de
regularização, pois uma propriedade sem escritura é um imóvel sem dono. Se o
bem não possui este documento, é praticamente impossível um comprador conseguir
um financiamento imobiliário com um banco. Vale ressaltar que só há valor legal
na escritura quando há registro junto a um cartório de imóveis. Mesmo que não
queira vender o imóvel, será mais simples obter empréstimo, pois o lote servirá
de garantia. Outra vantagem é a liquidez do bem, que será maior se a carta de
Habite-se for averbada na matrícula do imóvel.
Para quem
está vendendo, a falta de escritura, além de tornar a venda ilegal, faz com que
o imóvel perca valor. O imóvel que avança na regularização fundiária a partir
da escritura pública tem, de acordo com avaliações, um acréscimo de 30% no
valor de venda. Além disso, cabe ressaltar que os imóveis irregulares com
apenas a posse da terra, tem a venda proibida via corretores, segundo o CRECI.
“O imóvel que sai da situação irregular passa por uma transformação muito
grande, com bom diferencial. Não só em termos de documentação, porque adquire
credibilidade, com o registro no cartório e a escritura. Isso tudo influencia
na negociação final, feita somente em imóveis desembaraçados e livres de
qualquer problema”, ressalta Hermes Rodrigues de Alcântara, presidente do
Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 8ª Região (CRECI-DF).
Além da
desvalorização, um lote em situação irregular é um fator de insegurança
jurídica. Somente em 2017, a Agefis desocupou 19,9 milhões de metros quadrados.
Eram casas, barracos, muros, cercas vivas erguidas em terrenos irregulares. A
Agência e a administração regional ainda podem aplicar multa, calculada de
acordo com o tamanho da obra. Além do prejuízo de perder todo o investimento, o
ocupante de área irregular pode responder pelos crimes de falsidade documental,
caso a Polícia Civil comprove alteração de documentos.
A
regularização significa preservação do meio ambiente e melhoria na qualidade de
vida das pessoas. A região que possui lotes irregulares também perde com essa
situação, pois não atrai investimentos públicos como escolas, postos de saúde,
segurança e empreendimentos como bancos e shoppings, que se instalam apenas em
regiões regularizadas. “Regularização é a valorização do patrimônio,
responsabilidade com a cidade e com o meio ambiente. Fortalece todos os
aspectos que fazem com que sejamos uma sociedade”, afirma o diretor-presidente
da UPSA, Ricardo Birmann.
Com a Urbanizadora Paranoazinho
ninguém fica de fora da negociação
Os moradores
dos parcelamentos existentes na área da antiga Fazenda Paranoazinho,
condomínios do Grande Colorado, Boa Vista e Contagem, já estão passando pelo
processo de regularização. A Urbanizadora Paranoazinho, proprietária dos lotes
da região, oferece diversos descontos e subsidia o preço, cobrando até 30% do
valor. O objetivo da UPSA é recuperar a plena legalidade no uso do solo, de
forma a valorizar toda a região.
Atualmente,
cerca de 30% dos mais de seis mil lotes da área já possui escritura ou está em
processo de regularização. O contrato da Urbanizadora Paranoazinho não exclui
pessoas que possuem outros imóveis residenciais no Distrito Federal, além
disso, a empresa trabalha com regime de excepcionalidade para casos como
dificuldades financeiras, doenças graves na família, etc. “Pessoas em situação
de vulnerabilidade são as que mais precisam de legalização e a UPSA quer
garantir que elas não sejam excluídas do processo”, comenta Birmann.
Fonte: Karolina Kopko / www.santafeideias.com.br
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