SÁBADO...
28 de julho é o dia do
agricultor
De onde vem
o alimento que você consome todos os dias? Quem produziu e como é sua produção?
O alimento, essencial para sobrevivência humana, não brota na prateleira do
supermercado. Ele vem das mãos de pessoas e de famílias que fazem parte do
setor primário da economia. São vulneráveis a fenômenos da natureza, a
variações de preços, a pragas e doenças e, mesmo assim, estão ali, cultivando
saúde e bem estar para quem consome.
Nem todos
sabem, mas Brasília é uma das poucas capitais do mundo com uma produtiva área
rural. Dos 5.802 quilômetros quadrados (km²) de área, aproximadamente 4 mil
deles são de áreas rurais, onde 19 mil propriedades vivem da agricultura —
produção de hortaliças, grãos, frutíferas e pecuária.
A produção
de hortaliças é uma das mais importantes atividades econômicas do setor rural
no DF, gerando mais de 30 mil empregos em toda a cadeia produtiva e 10 mil
diretos na produção. Segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural do DF (Emater-DF), são 9,8 mil hectares de espécies diversas de
hortaliças e uma produção de mais de 265 mil toneladas de alimentos frescos e
de qualidade.
A atividade
é exercida por mais de 2,5 mil empreendimentos classificados, em sua maioria,
de agricultores familiares (83%), que utilizam basicamente a força de trabalho
da família.
Profissionalismo
Hoje, é
possível observar que o agricultor é cada vez mais um profissional vocacionado,
que respeita os recursos naturais (solo, água, plantas, animais) e as pessoas,
que tem se preparado para produzir cada vez mais com menos terra, com
sustentabilidade, utilizando tecnologias modernas, estando bem informado e
atualizado. “A Emater-DF empenha esforços na qualificação dos agricultores, a
fim de torna-los cada vez mais competitivos no mercado exigente do Distrito
Federal”, afirma Isabel Cristina Lima, diretora executiva da Emater-DF.
Esse é o
caso do produtor Marcelo Luiz Denke, da região de Planaltina-DF. Filho de
agricultores familiares, Marcelo decidiu se especializar para dar continuidade
à tradição da família com maior profissionalismo. Formou-se como técnico
agrícola no Instituto Federal de Brasília (IFB), em 2008, e depois concluiu o
curso de agronomia na UPIS. Nessa caminhada por conhecimento, adquiriu mais
experiência nos estágios que fez na Emater-DF, na Embrapa e em uma empresa
particular.
Após se formar,
realizou uma pesquisa de mercado para definir em que tipo de produção iria
investir. “Visitei alguns mercados e percebi que quase não havia alface
hidropônico e resolvi investir nessa área”, conta. Com o apoio da Emater-DF,
fez um projeto para obtenção de crédito rural para começar com quatro estufas.
“O produto hidropônico tem maior valor agregado, já que é mais limpo, não tem
risco de contaminação química e biológica e, além disso, produz de janeiro a
janeiro nas estufas”, diz Marcelo.
Com uma boa
gestão do negócio e com produtos de qualidade, o agricultor conseguiu acesso ao
mercado e quase quadriplicou a produção em quatro anos. “Hoje tenho um mercado
estabelecido. Vendo para grandes redes como Oba, Atacadão Dia a Dia, Big Box,
Comper, por exemplo. Mas não foi fácil. Para conquistar a confiança e clientes
até cheguei a entregar de graça para verem que o produto tem demanda”, conta.
Hoje, possui 15 estufas, seis empregados fixos, três parceiros que cultivam
alface americana e brócolis e mais 500 hectares de terra arrendados junto com
os irmãos para cultivo de milho e soja. Neste ano, vai começar a exportar para
Formosa-GO.
Segundo
Marcelo, para ser agricultor, é preciso gostar do que faz. “Alimentamos a
população e, com um mercado exigente, temos que nos preocupar com a qualidade
dos produtos, tecnificar e diversificar a produção”, diz. Para Marcelo é sempre importante buscar
conhecimento junto a outros produtores e profissionais da área. “A assistência
técnica, como a da Emater-DF, é
essencial para o desenvolvimento do agricultor e do negócio rural, com cursos,
acompanhamento técnico contínuo, orientações sobre as políticas públicas
disponíveis”, conta Marcelo.
Entre os
temas prioritários da Emater-DF estão o desenvolvimento econômico, com prioridade
às cadeias produtivas geradoras de emprego e ocupações; a gestão do negócio
rural; a inovação tecnológica; a participação social para fortalecer o
associativismo, dando maior capacidade reivindicatória e de negociação para
minimizar as distorções dos mercados; a segurança alimentar e nutricional; e a
sustentabilidade.
Produtores
que quiserem orientações e acompanhamento da Emater-DF, podem procurar uma das
unidades locais da empresa. Para mais informações sobre como e onde atuamos:
www.emater.df.gov.br.
Fonte: Emater-DF
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