COMÉRCIO / ECONOMIA
DISTRITO FEDERAL FECHOU
MAIS LOJAS DO QUE ABRIU DURANTE O PRIMEIRO SEMESTRE DE 2018
O Distrito
Federal ficou em 11º lugar no ranking das unidades da federação que fecharam
mais estabelecimentos comerciais do que abriram durante o período de janeiro a
junho deste ano, com o saldo negativo de 42 lojas. É o que aponta levantamento
divulgado pela Fecomércio-DF. O ano em que Brasília teve o maior saldo
positivo, entre abertura e fechamento de lojas, foi em 2010, quando a cidade ganhou
1.958 empreendimentos. A série histórica da pesquisa começou em 2005.
Na opinião
do vice-presidente da Fecomércio-DF, Edson de Castro, os números são
preocupantes. Porém, se forem analisados de forma mais ampla, pode-se perceber
uma melhoria na situação de fechamento de lojas na capital do País. “No
primeiro semestre de 2017, o DF ficou com um saldo negativo de 404 lojas
fechadas. Já no primeiro semestre deste ano, o saldo ficou em 42 lojas. Em todo
o ano passado, nós perdemos 644 pontos de venda, entre abertura e fechamento. A
expectativa é que a gente encerre o ano com um número melhor na comparação com
2017″, ressalta.
O vice-presidente da Federação do Comércio
também explica que o número poderia ser melhor se o Brasil já tivesse superado
a crise econômica. “Temos fatores que inibem a economia de se restabelecer,
entre eles estão a desvalorização do real, a elevada incerteza do cenário
político, o endividamento das famílias e o desemprego”, afirma Edson de Castro.
Dos 27
estados do Brasil, 14 registraram fechamentos líquidos de lojas no primeiro
semestre de 2018. O Rio de janeiro foi o estado que mais fechou, com 1.038 mil
lojas perdidas; seguido por Pará (-320); Amazonas (-166); Maranhão (-143) e
Goiás (-110). Por outro lado, São Paulo
foi a unidade que mais ganhou lojas, com 2.468 mil novos estabelecimentos
comerciais, entre negócios abertos e fechados. Em todo o País, o varejo
brasileiro teve um incremento de 2.252 pontos de venda, registrando o segundo
semestre consecutivo de aumento. Neste aspecto, a pesquisa mostra que o avanço
ainda é tímido e expõe a perda de fôlego da economia brasileira.
Metodologia
O
levantamento é realizado com a base de dados do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho. Em função disso, os resultados
já são apresentados por saldo. Não são disponibilizados os números de abertura
e fechamento de lojas, apenas o saldo final.
Por Daniel Alcântara-fotos divulgação
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