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BRASÍLIA É A QUARTA CAPITAL DO BRASIL COM O MAIOR ÍNDICE DE ENDIVIDADOS E A PRIMEIRA DO CENTRO-OESTE


Brasília é a quarta capital do País com o maior índice de famílias endividadas no Brasil. O DF ficou empatado na quarta colocação do ranking com a cidade de Natal (RN), ambas com um índice de 79% de endividados, 731.692 mil famílias. Em primeiro lugar ficou Curitiba, com 91% de famílias endividadas, seguida por Boa Vista (RR), 83%, e Florianópolis (SC), com 80%. É o que informa a Radiografia do Endividamento das Famílias Brasileiras, divulgada nesta segunda-feira (10), pela Fecomércio-SP. Os dados são referentes ao mês de dezembro de 2017.

Ainda de acordo com o estudo, em 2016, o percentual de famílias com dívidas na capital do País era de 78%. Em 2015, foi de 79%. Já em âmbito regional, Brasília é a capital do Centro-Oeste com maior endividamento. Campo Grande (MS) ocupou a segunda posição do ranking regional, com 58% das famílias endividadas. No quesito “valor médio mensal de dívidas por família”, Brasília foi a capital com o segundo maior valor do Brasil (R$ 2.635 ) e a primeira da região. Foi também a única do Centro-Oeste com cifra superior à média das capitais brasileiras, que foi de R$ 1.935.

Em relação à inadimplência, quando o consumidor não efetua o pagamento de uma conta ou dívida, a capital do País já demonstra números melhores, com apenas 11% de famílias inadimplentes, no mês de dezembro de 2017. Desse modo, Brasília registou a segunda menor porcentagem de inadimplência quando comparada com as outras capitais. O presidente da Fecomérico-DF, Adelmir Santana, explica que o índice elevado de endividamento dos brasilienses pode ser atribuído à alta renda per capta da cidade, o que resulta em uma maior demanda por crédito. Por outro lado, Adelmir diz que mesmo contraindo dívidas, os brasilienses honram com suas obrigações financeiras, como mostra a pesquisa.

“Temos um forte contingente de massa salarial no DF formado por servidores públicos. Essas famílias têm a capacidade de endividamento muito maior, por conta de altos salários e da estabilidade financeira no emprego, o que ajuda na hora de adquirir um parcelamento de bens duráveis, como automóveis e residências”, destaca Adelmir Santana. “Contrair dívidas não quer dizer que as famílias não paguem suas contas, mas sim que há pessoas que contraem contas prolongadas, engrossando esse índice”, completa.

A pesquisa mostra ainda que no fim de 2017, o número total de famílias com algum tipo de dívida alcançou 9,7 milhões. Assim, a proporção de famílias com dívidas, no conjunto das capitais do País, alcançou 62,2%, índice maior que os 59% registrados no mesmo período de 2016. Esse aumento se deve à elevação do rendimento total das famílias, registrados em 2017, após o longo período de recessão econômica que atingiu o Brasil entre 2014 e 2016. Em dezembro de 2017, o rendimento total das famílias brasileiras atingiu R$ 277,9 bilhões no mês de dezembro, alta real de 5,5% em relação aos R$ 263,3 bilhões apurados em dezembro de 2015, ou seja, um aumento de R$ 14,6 bilhões.

Dessa forma, a renda média mensal familiar passou de R$ 4.250,37 em 2015, para R$ 4.416,95 em 2017 (elevação de 3,9%). Essa alta na renda das famílias foi decisiva para a mudança na trajetória do ritmo das atividades internas, permitindo a interrupção do ciclo recessivo do consumo iniciado em 2014 e alavancando o nível de confiança das famílias, fator essencial para a retomada que se observou nas operações de crédito no País, aumentando, assim, o número de endividados em todo o Brasil.

Por Daniel Alcântara – Fecomércio

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