EDUCAÇÃO / GESTÃO
Sociedade pode opinar sobre
o novo currículo do Ensino Médio
Consulta Pública ficará
aberta até o dia 20 de novembro, exclusivamente pela internet
Subsecretário de
Educação Básica, Hélber Vieira falou sobre as mudanças no novo currículo do
Ensino Médio. Foto: Luís Tavares/Secretaria de Educação
Estudantes,
professores, diretores, pesquisadores, instituições públicas e privadas e todos
os demais interessados já podem opinar sobre o novo currículo do Ensino Médio
da rede pública do Distrito Federal. O documento foi colocado em Consulta
Pública durante o evento de apresentação da proposta, realizado no auditório do
Iesb, quarta-feira (30), com a participação de professores, gestores escolares
e da Secretaria de Educação, e representantes do meio acadêmico. As
contribuições podem ser enviadas até 20 de novembro, exclusivamente por meio
dos formulários disponibilizados no site da Secretaria de Educação.
Os
participantes foram recepcionados pelo subsecretário de Educação Básica, Helber
Vieira. “A expectativa para o novo Ensino Médio é a de torná-lo atrativo para
nossos estudantes. O currículo expressa a forma como vamos realizar o processo
de ensino e de aprendizagem, contribuindo para que eles tenham novas
perspectivas e possibilidades em relação ao futuro”, afirmou.
Mariana Dias
dos Reis, professora de Geografia do Centro de Ensino Médio 12, de Ceilândia,
acompanhou atenta a apresentação da proposta da Secretaria de Educação. “Quero
entender como este currículo vai funcionar dentro da escola. Há dúvidas em
relação a aspectos como a semestralidade e a interdisciplinaridade. E também
precisamos lidar com os alunos, que têm suas dúvidas. Os do 2º ano me perguntam
se vai haver mudança para eles e nós sabemos que não”, contou a educadora.
Sobre os
aspectos citados por Mariana, entre as inovações, as matrículas serão
semestrais e pelo sistema de créditos. A proposta foi construída a partir de
discussões em todas as regionais de ensino, para implementação do
projeto-piloto, em 2020. No ano seguinte, cada regional de ensino também terá
escolas-pilotos. Em 2022, o novo currículo estará em todas as escolas públicas
que atendem ao Ensino Médio.
O diretor do
Centro de Ensino Médio Integrado do Gama, Carlos Lafaiete Formiga, recebeu a
proposta de um novo currículo com entusiasmo. “Vemos a proposta como um ganho
extraordinário para o estudante, que poderá escolher suas trilhas. O novo
currículo será agregado ao que nós já fazemos, trabalhando com uma série de
projetos para melhorar a qualidade da educação. E nossos professores vestem a
camiseta, querem sempre buscar coisas novas”, comemorou o diretor.
Documento
O documento
prevê os objetivos de aprendizagem da Base Nacional Curricular Comum (BNCC), a
chamada Formação Geral Básica (FGB), com 1.800 horas, e àqueles referentes aos
cinco itinerários formativos, com 1.200 horas. A elaboração foi feita em
alinhamento com a Lei Federal 13.415/2017, do Novo Ensino Médio, que determina
um total de 3.000 horas de curso, carga horária que já é adotada no DF.
A BNCC
divide os objetivos de aprendizagem por áreas do conhecimento, para fomentar a
interdisciplinaridade: Matemática; Ciências da Natureza (Biologia, Química e
Física); e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (História, Geografia, Filosofia
e Sociologia); Linguagens (Língua Portuguesa, Arte, Educação Física e Língua
Inglesa). Especificamente no Distrito Federal, além do inglês, a Língua
Espanhola também é obrigatória. A intenção é que o estudante faça as
correlações entre os conteúdos e desses com a vida prática.
Os
itinerários formativos são compostos pelas mesmas áreas de conhecimento, para o
aprofundamento dos estudos, conforme os interesses de cada um, além da educação
profissional técnica. Dos cinco itinerários, o estudante deverá optar por pelo
menos dois. Além disso, cada itinerário estará ancorado em quatro eixos
formativos: investigação científica; processos criativos; mediação e
intervenção sociocultural; e empreendedorismo.
No caso da
educação profissional, haverá discussão em cada escola para definir os cursos a
serem ofertados, conforme as necessidades dos estudantes e de suas comunidades,
bem como da disponibilidade de atendimento da rede de ensino.
Também
participaram do lançamento os subsecretários de Educação Inclusiva e Integral,
Vera Lúcia Ribeiro de Barros, e de Formação Continuada dos Profissionais da
Educação (Eape), André Lúcio Bento.
*Com informações da
Secretaria de Educação
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