SAÚDE
Saúde garante postos sem Covid para vacinação
Começou
nesta segunda (5) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite para
crianças de até 5 anos. A mobilização vai até o dia 30 de outubro em postos de
saúde de todo o país. Os órgãos de saúde alertam que a população deve procurar
o serviço mesmo com a pandemia de covid-19, pois a vacina é de extrema
importância para manter as crianças imunes à doença. No sábado (17), a
vacinação será reforçada com o dia de mobilização nacional.
Também a
partir desta segunda-feira, inicia-se a campanha nacional de multivacinação.
Crianças e adolescentes menores de 15 anos, não vacinados ou com esquemas
incompletos de qualquer vacina, devem comparecer às unidades de saúde para
atualizar a caderneta de vacinação.
No
público-alvo da campanha contra a poliomielite estão crianças menores de 5 anos
de idade, com estratégias diferenciadas para crianças com até 1 ano incompleto
e para aquelas na faixa etária de 1 a 4 anos. A depender do esquema vacinal
registrado na caderneta, a criança poderá receber a Vacina Oral Poliomielite
(VOP), como dose de reforço ou dose extra, ou a Vacina Inativada Poliomielite
(VIP), como dose de rotina.
A estimativa
do Ministério da Saúde é que haja no país 11,2 milhões de crianças nessa faixa
etária. A meta é imunizar 95% desse público.
Doença
A
poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, é uma doença
contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos
e, em casos graves, pode levar a paralisias musculares, em geral nos membros
inferiores, ou até mesmo à morte. A vacinação é a única forma de prevenção.
A falta de
saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária são
fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, por meio do contato direto
com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes.
Não existe
tratamento específico para a poliomielite, todas as pessoas contaminadas devem
ser hospitalizadas, recebendo tratamento dos sintomas de acordo com o quadro
clínico. Entre os sintomas mais frequentes estão febre, dor de cabeça e no
corpo, vômitos, espasmos e rigidez na nuca. Na forma paralítica ocorre a súbita
deficiência motora, acompanhada de febre, flacidez e assimetria muscular e
persistência de paralisia residual (sequela) após 60 dias do início da doença.
As sequelas
são tratadas por meio de fisioterapia e de exercícios que ajudam a desenvolver
a força dos músculos afetados. Além disso, pode ser indicado o uso de
medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações.
Desde 2016,
o esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina
injetável (VIP, aos 2, 4 e 6 meses) e mais as doses de reforço com a vacina
oral bivalente (VOP, gotinha). A medida está de acordo com a orientação da
Organização Mundial da Saúde e faz parte do processo de erradicação mundial da
pólio. Essa vacinação propicia imunidade individual e aumenta a imunidade de
grupo na população em geral.
No Brasil, o
último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de
Souza, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Pan-Americana da
Saúde (Opas) a certificação de área livre de circulação do vírus. No cenário
internacional, hoje, existem dois países endêmicos para a doença: o Paquistão e
Afeganistão.
Covid-19
O Ministério
da Saúde orientou a rede pública a adotar medidas de prevenção contra a
covid-19, para garantir a segurança das pessoas que comparecerem aos postos.
Entre as
orientações para as unidades de saúde estão garantir a administração das
vacinas em locais abertos e ventilados; disponibilizar local para lavagem das
mãos ou álcool em gel; orientar que somente um familiar acompanhe a pessoa a
ser vacinada e realizar a triagem de pessoas com sintomas respiratórios antes
da entrada na sala de vacinação.
De acordo
com o ministério, até o momento não há contraindicação médica para vacinar
pessoas com infecção pelo novo coronavírus. Caso alguma pessoa com covid-19,
suspeita ou confirmada, esteja hospitalizada ou em unidade de saúde com sala de
vacina, ela deve receber as doses de acordo com o calendário nacional de
vacinação.
A campanha
nacional também visa a conscientizar a população sobre a importância da
vacinação para a proteção contra diversas doenças, no âmbito do Movimento
Vacina Brasil, lançado no ano passado com o objetivo de combater as fake news e
aumentar a cobertura vacinal da população.
Fonte: Andreia Verdélio e Cristina
Índio do Brasil/Notibras - Foto:
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