SAÚDE / COVID-19
Doações de sangue caem 20% e governo lança campanha
Meta é melhorar a informação sobre a segurança da doação
Para
incentivar a doação voluntária e regular de sangue, o Ministério da Saúde
realiza nesta terça-feira (23) o dia D da campanha “Meu Sangue Brasileiro”. Até
agora, não houve desabastecimento no país, mas, em 2020, por causa da pandemia
de covid-19, houve queda no número de doações de aproximadamente 20%.
A reposição
frequente dos estoques de sangue é necessária para tratar anemias crônicas,
cirurgias de urgência, acidentes que causam hemorragias, complicações da
dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves.
Este ano, o
objetivo da campanha é melhorar a informação sobre a segurança da doação de
sangue durante a pandemia.
Todas as
medidas de segurança em relação à covid-19 estão sendo adotadas pelos
hemocentros do país desde o início da pandemia, como condições de higiene e
antissepsia adequadas na recepção dos candidatos, coleta do sangue sem
exposição a aglomerações por meio de agendamentos e distanciamento entre as
cadeiras de coleta. Enquanto dá sequência
à campanha de vacinação contra a covid-19, o Ministério da Saúde orienta
para que os brasileiros doem sangue no hemocentro mais próximo antes de serem
vacinados contra a doença.
Períodos
de restrição
"A
população precisa estar ciente sobre os períodos de restrição para doação de
sangue após receber a vacina. Por isso, enfatizamos a importância das pessoas
fazerem as doações antes de receberem a vacina. A doação de sangue é segura e
não contraindica a vacinação, podendo, inclusive, receber a vacina logo em
seguida à doação", garante o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados
do Ministério da Saúde, Rodolfo Firmino.
Segundo
dados do ministério, atualmente a taxa de doação de sangue voluntária da
população brasileira é de 1,6%, número que está dentro do preconizado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2019, o governo investiu R$ 1,5 bilhão
na rede de sangue e hemoderivados no Brasil e R$ 1,6 bilhão em 2020. O valor
diz respeito à aquisição de medicamentos e equipamentos, reformas, ampliação e
qualificação da rede.
Por Karine
Melo - Repórter da Agência Brasil – Brasília, Edição: Kleber Sampaio
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