CLDF
CPI do Iges-DF alcança número de assinaturas e pode ter prosseguimento
A comissão
parlamentar de inquérito para investigar o Instituto de Gestão Estratégica de
Saúde (IGES) alcançou, nesta terça-feira (27), o apoio mínimo para ter
andamento na Câmara Legislativa; ou seja, a adesão de um terço dos
parlamentares da Casa. A oitava assinatura foi do deputado João Cardoso
(Avante), que anunciou seu apoio durante a sessão remota desta tarde.
Cardoso
afirmou, em seu pronunciamento, ter entrado para a política “para servir a
sociedade” e ressaltou ter votado de forma contrária a apenas três projetos do
governo, entre eles o que tratava do Iges. “Tenho recebido muitas informações
de possíveis irregularidades, que podem ter sido motivos de falecimentos. Os
recursos podem estar sendo usados irregularmente”, avaliou, antes de comunicar que
iria assinar o requerimento da CPI.
Nesta tarde,
antes de João Cardoso se manifestar, o deputado Chico Vigilante (PT) já havia
defendido a instalação da investigação. O parlamentar comentou as dívidas do
Instituto, que ultrapassam a casa dos R$ 200 milhões. Segundo informou, em 15
de dezembro de 2020, o Iges-DF devia R$ 206,350 milhões, dos quais R$ 13
milhões eram para uma empresa de limpeza, R$ 5 milhões para a Caesb e R$ 3
milhões para a CEB, exemplificou. “Eles devem a todo tipo de fornecedor, por isso
está faltando tudo. Eles devem e não pagam”, alertou. E completou: “Plantaram
um lastro de corrupção, que precisa ser investigado”.
A CPI
Um dos
autores do requerimento da CPI, o deputado Leandro Grass (Rede) justifica o
pedido “por atos sem transparência do Instituto, como as denúncias de
direcionamento de contratação de determinadas empresas, os gastos dos cartões
corporativos de diretores e o aluguel de imóvel, no prazo de 5 anos”.
Além de
Grass, assinaram o documento os deputados Fábio Félix (PSOL), Arlete Sampaio
(PT), Professor Reginaldo Veras (PDT), Chico Vigilante (PT), Jorge Vianna
(Podemos), Júlia Lucy (Novo) e João Cardoso (Avante).
Crédito: Denise Caputo - Agência CLDF
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