UTILIDADE PÚBLICA / SAÚDE
Distrito Federal não registra morte por dengue em 2021
Casos da doença caíram 81% em relação ao ano passado, no período de janeiro a abril
De janeiro a
abril, a Secretaria de Saúde registrou 3.590 casos prováveis de dengue no
Distrito Federal e nenhum óbito ocasionado pela doença. O número de novos casos
é 81% menor que o total de registros no mesmo período do ano passado. Na época,
foram registrados 18.868 casos da doença causada pelo mosquito Aedes aegypti.
Houve
registro de dois casos graves e nenhum óbito. Em 2020, neste mesmo período,
foram 17 mortes por dengue registradas no DF
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (23) no informativo epidemiológico divulgado no site da pasta. Eles englobam o período de 3 de janeiro a 10 de abril. A Subsecretaria de Vigilância à Saúde faz o monitoramento das cepas do vírus causador da dengue. Ao todo, foram feitas 14 análises laboratoriais para detectar o subtipo do vírus circulante no DF. Segundo o Laboratório Central de Saúde Pública do DF (Lacen), o DenV-1 é o subtipo em circulação na capital federal.
A queda nos casos de
dengue reflete as ações constantes da Secretaria de Saúde em todo o DF e,
também, a colaboração da população em evitar possíveis criadouros do mosquito |
Foto: Geovanna Albuquerque/Agência Saúde
Em 2020, o
DenV-1 predominou, sendo detectado em 92,6% das amostras analisadas, e o
Denv-2, em 7,4%. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o vírus da dengue
apresenta quatro sorotipos, em geral, denominados DenV-1, DenV-2, DenV-3 e
DenV-4. Esses também são classificados como arbovírus, ou seja, são normalmente
transmitidos por mosquitos.
No Brasil,
os vírus da dengue são transmitidos pela fêmea do mosquito Aedes aegypti
(quando também infectada pelos vírus) e podem causar tanto a manifestação
clássica da doença quanto a forma considerada hemorrágica.
Casos graves e óbitos
A Secretaria
de Saúde registrou 36 casos de dengue com sinais de alarme. Isso se caracteriza
quando o doente apresenta sintomas como dor abdominal intensa, vômitos
persistentes, acúmulo de líquidos e hipotensão postural ou lipotímia.
A Região de
Saúde Norte apresentou o maior percentual de casos prováveis de dengue este ano
Houve
registro de dois casos graves e nenhum óbito. Em 2020, neste mesmo período,
foram 17 mortes por dengue registradas no DF.
Casos por Região de Saúde
A Região de
Saúde Norte apresentou o maior percentual de casos prováveis de dengue este ano.
Do total de notificações, 37,9% foram na região norte do DF (Planaltina e
Sobradinho). Em segundo lugar a Região de Saúde Sudoeste (Taguatinga,
Samambaia, Recanto das Emas, Águas Claras, Vicente Pires e Arniqueira),
apresentou 15,3% das notificações.
Planaltina é
a cidade com mais casos prováveis de dengue, com 727 notificações até o
momento. Ceilândia, na Região Oeste, registrou 403 casos, seguida por
Sobradinho com 318 casos. Sobradinho II e Samambaia registraram, 298 e 183
casos, respectivamente. Juntas, essas cinco regiões somam 1.929 casos prováveis
de dengue, ou 53,7% do total de registros no DF.
Queda
A queda nos
indicadores reflete as ações intensificadas que a Secretaria de Saúde tem feito
em todo o DF e, também, a colaboração de toda a população em manter a
vigilância contra possíveis criadouros do Aedes aegypti.
Somente nos
três primeiros meses de 2021, a Diretoria de Vigilância Ambiental (Dival)
vistoriou 306.279 imóveis no Distrito Federal. Desse total de casas visitadas,
os agentes da Dival encontraram 26.520 amostras positivas de larvas do mosquito
Aedes aegypti.
De acordo
com técnicos da Secretaria de Saúde, para que os números e a incidência
continuem caindo, é preciso que todos façam a sua parte no combate ao mosquito.
Enquanto o poder público trabalha vistoriando as residências e eliminando
criadouros, a população deve colaborar cobrindo as caixas d’água com tampa,
colocando terra nos pratos de vasos de plantas, limpando calhas e fazendo o
descarte correto de pneus.
*Fonte: AGÊNCIA
BRASÍLIA, Edição: MÔNICA PEDROSO, com informações da Secretaria de Saúde
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