SEDUH / REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NO DF
Mais de 400 pessoas nas oficinas do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot)
Reuniões para revisão do plano foram em São
Sebastião e Sobradinho, de forma
presencial e virtual pelo aplicativo Zoom
As oficinas temáticas de revisão do Plano Diretor
de Ordenamento Territorial (Pdot) que ocorreram neste sábado (16) mobilizaram
434 moradores de oito regiões administrativas do Distrito Federal. As reuniões
promovidas pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh)
aconteceram presencialmente em São Sebastião e Sobradinho, e de forma virtual
pelo aplicativo Zoom e pelo canal do YouTube Conexão Seduh.
Muitos dos moradores que compareceram presencialmente aos debates
pertencem a entidades que representam importantes segmentos da sociedade |
Foto: Divulgação/Seduh
O objetivo das oficinas é ouvir dos moradores quais
os principais desafios a serem enfrentados na cidade aonde vivem. E são essas
propostas que serão analisadas pelas equipes técnicas da Seduh para serem contempladas
no novo Plano Diretor.
“Queremos
que nossa área seja incluída no Pdot, para regularizar nossas terras. É uma
área de baixa renda que, apesar de ser rural, já virou uma cidade”
Tiago
Pereira, Associação dos Moradores e Produtores Rurais de Sobradinho dos Melos
“Situações de precariedade de habitação, ocupações
irregulares, questões da zona rural, mobilidade, que precisam de uma resposta
do governo, muitas vezes essa resposta só pode ser dada a partir de uma
atualização do Pdot. Por isso é fundamental que o processo seja feito
coletivamente”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação,
Mateus Oliveira.
Muitos dos moradores que compareceram
presencialmente aos debates pertencem a entidades que representam importantes
segmentos da sociedade. Como é o caso de Tiago Pereira, da Associação dos
Moradores e Produtores Rurais de Sobradinho dos Melos, área rural do Paranoá.
A entidade representa cerca de 6 mil famílias da
região e luta pela regularização do território. “Queremos que nossa área seja
incluída no Pdot, para regularizar nossas terras. É uma área de baixa renda
que, apesar de ser rural, já virou uma cidade”, conta Tiago.
“Situações
de precariedade de habitação, ocupações irregulares, questões da zona rural,
mobilidade, precisam de uma resposta do governo a partir de uma atualização do
Pdot. Por isso é fundamental que o processo seja feito coletivamente”
Mateus
Oliveira, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação
Ele participou da oficina que ocorreu pela manhã em
São Sebastião, no Centro Educacional São Francisco, e teve a presença de
moradores da própria região, do Paranoá, Jardim Botânico e Itapoã.
Para a moradora de São Sebastião Raiane Martins, a
expectativa é que a atualização do Pdot também melhore a questão do transporte
público na região. “Hoje em dia as pessoas moram nas regiões administrativas,
mas trabalham no centro. Essa questão da mobilidade e o crescimento desordenado
são muito importantes de serem resolvidas”, ponderou.
A segunda oficina do dia foi no Ginásio de Esportes
de Sobradinho, que recepcionou os habitantes de Planaltina, Fercal Sobradinho e
Sobradinho II.
Para a líder comunitária de Sobradinho, Rita de
Cássia, a revisão do Plano Diretor é “aguardada com expectativa por comunidades
carentes como o assentamento Dorothy e Chácara dos Abacateiros, que precisam de
infraestrutura mínima para sobreviver.
Já a diretora da escola classe Núcleo Rural Córrego
do Atoleiro de Planaltina, Magda Bernardes, também está otimista com os
debates: “Estou confiante que essa área que foi transformada em urbana pelo
Pdot de 2009, voltará a ser rural”.
O debate sobre o Pdot também vem acontecendo em outras instâncias como,
por exemplo, nas reuniões livres que são organizadas por pequenos grupos da
comunidade para debater os desafios das suas regiões| Foto: Divulgação/Seduh
Participação Coletiva
A secretária executiva de Planejamento e
Preservação da Seduh, Giselle Moll, lembrou que a pasta tem trabalhado na
revisão do Pdot desde 2018. Primeiro, foi definida a metodologia e, agora,
estão na fase de diagnóstico, uma das etapas em que a população é
ouvida. “Após as oficinas, ainda teremos 3 audiências públicas para que a
população possa homologar o texto do Plano Diretor antes de ser encaminhado à
CLDF”, explica.
Mas essa não é a única instância de participação da
população. O debate vem acontecendo em outras instâncias como, por exemplo, nas
reuniões livres que são organizadas por pequenos grupos da comunidade para
debater os desafios das suas regiões. Após o encontro, eles enviam para a
Seduh, um documento com propostas para o Pdot.
Além disso, no meio deste ano a Seduh realizou uma
série de Oficinas Temáticas virtuais para debater o Pdot com a população.
E todas essas etapas são acompanhadas pelo Comitê
de Gestão Participativa, que reúne 28 representantes de várias áreas da
sociedade civil que foram selecionados a partir de chamamento público.
Além da população, estiveram presentes nas oficinas
os administradores regionais de São Sebastião, Alan Valim; do Paranoá, Sérgio
Damaceno; do Itapoã, Marcos Cotrim; o chefe de gabinete da Administração
Regional do Jardim Botânico, José Elias; da Fercal, Fernando Lima; de
Sobradinho, Abílio Castro; de Sobradinho II, Osmar Felício; e de Planaltina,
Célio Rodrigues.
Também marcaram presença o presidente da Câmara
Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Rafael Prudente, e os deputados
distritais João Hermeto de Oliveira e Claudio Abrantes.
Oficinas
Ao todo, serão sete oficinas temáticas organizadas
pela Seduh, em outubro, sempre aos sábados, nos períodos da manhã e
tarde. Confira abaixo o cronograma com as sete oficinas:
* Fonte: AGÊNCIA BRASÍLIA, Edição:RENATA LU, com informações da Seduh
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