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Oficinas no segmento de produção audiovisual estão movimentando o Polo de Cinema e Vídeo Grande Otelo

 Oficinas animam Polo de Cinema de Sobradinho

200 estudantes aprendem sobre produção audiovisual desde a última segunda (24) 

Oficinas no segmento de produção audiovisual estão movimentando o Polo de Cinema e Vídeo Grande Otelo desde a última segunda-feira (24/10). A parceria entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF (Secec) e a Organização da Sociedade Civil Instituto de Desenvolvimento, Inclusão Social e Cultural (Idisc) oferta cursos livres introdutórios a estudantes das regiões de Sobradinho, Sobradinho II e Fercal, com recursos de cerca de R$ 500 mil oriundos de termo de fomento.


“Trata-se da retomada de um equipamento importante, que precisa ser cada vez mais aprimorado para fazer frente às demandas do audiovisual da Capital do país, que já tem um lugar de destaque na cinematografia brasileira”, diz a subsecretária de Economia Criativa da Secec, Ângela Inácio.


O espaço recebeu investimento de R$ 231 mil pela Secec na troca de telhado do galpão, além de reformas nos sistemas hidráulico, elétrico, pinturas e roçagem. A Idisc contribuiu com R$ 6 mil em materiais e está, agora, promovendo as oficinas, que ampliam o potencial do equipamento cultural enquanto centro de formação.


Escola das Artes

O projeto de oficina, criado há cinco anos e nomeado Escola das Artes e Economia Criativa, consiste na oferta de dez horas/aula para 200 alunos entre 13 e 17 anos do Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio, e vai até 31 de março do próximo ano. Estão previstas no programa atividades de criação de roteiro, direção, produção, interpretação, interpretação teatral para deficientes visuais e direção de fotografia.


“Quero produzir uns vídeos, incentivá-los [os alunos] a conhecer um pouco da área, e aí surgiu essa oportunidade”, disse o professor de Filosofia, Alexandre Marçal, que vai trabalhar com alunos do ensino médio. Ele acredita que os jovens estão bastante interessados no projeto, pela oportunidade de enxergar algo diferente. “Eles vão ter a chance de vislumbrar coisas novas, de ver que existem outras realidades, que existem oportunidades diferentes daquelas com as quais estão acostumados”, opina.


David Barbosa Luna, de 18 anos, participou da oficina de direção nesta terça-feira (25/10), e celebrou com a possibilidade de realização de um curta-metragem com sua turma. “Os cursos dão um entusiasmo a mais na gente. Gosto de falar bastante, usar a criatividade, e é agradável demais o ambiente. Só de estar aqui já é incrível”, comentou o aluno do Centro de Ensino Médio 04 de Sobradinho.


Já o colega de escola Vitor Hugo Resende Sousa, também de 18 anos, optou pelo curso de interpretação. “Na oficina de interpretação, você consegue se movimentar, dá pra fazer várias expressões, te dá mais vantagem para trabalhar com cinema e teatro. Aprendi muita coisa me divertindo”, comemorou.


Investimento

Um dos objetivos das ações é levar informações aos estudantes sobre as possibilidades da economia criativa no segmento audiovisual, como oportunidades de trabalho e geração de renda. O termo de fomento tem o valor de R$ 499.903,44, com expectativa de geração de 25 empregos diretos, além de certificação de 200 estudantes.


O produtor Nílson Rodrigues conta com a experiência em trabalhar no local. Em 2013, coassinou a produção do filme “O Outro Lado do Paraíso” (2014, drama, 101 minutos), de André Ristum. O Polo foi palco da cenografia do longa, baseado na autobiografia do jornalista Luiz Fernando Emediato, narrando a história de uma família que se muda de Minas para Brasília.


Rodrigues, que já foi diretor da Agência Nacional do Cinema (Ancine) entre 2004 e 2008, festeja a iniciativa e cobra que ela tenha continuidade. “O Polo deve funcionar como um centro aglutinador de todas as etapas na produção do filme, da gravação em estúdio, espaços para abrigar materiais, adereços e cenários”, opina.

 

Fonte: Jornal de Brasília, com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Foto: Hugo Lira/Secec

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