Não será o primeiro Dia dos Pais distante, nem o último”, disse o atleta, de 32 anos, recordista brasileiro das duas provas
ATLETISMO
De olho no Mundial, Caio Bonfim passou o Dia dos Pais longe dos
filhos
Em reta final de preparação para o Mundial de Budapeste, marchador Caio Bonfim passou Dia dos Pais longe dos filhos
Caio
Bonfim com os filhos Dia dos Pais Mundial de Atletismo
O marchador Caio Bonfim é uma referência do atletismo brasileiro, não só por seus grandes resultados, mas também pela torcida dos filhos Miguel, de 4 anos, e Theo, de 1 ano e 10 meses, em todas as competições realizadas no país. No entanto, o atleta passou este último Domingo de Dia dos Pais longe dos filhos. Em Sierra Nevada, na Espanha, ele conclui os treinamentos em altitude para a disputa das provas de 20km e de 35km marcha atlética no Mundial de Budapeste, que começará no próximo sábado (19).
“É uma
grande alegria ser pai e estou aqui também por eles. Ficar longe faz parte da
minha profissão e essa ligação com a família me motiva a estar aqui. Não será o
primeiro Dia dos Pais distante, nem o último”, disse o atleta, de 32 anos,
recordista brasileiro das duas provas. “Eles vieram para somar e potencializar
a minha carreira e os bons resultados, tenho certeza, são frutos dessa
ligação.”
Miguel e Theo convivem com Caio Bonfim em todos os treinos em Sobradinho (DF). Além disso, as crianças têm também a companhia dos avós, João Sena e Gianetti Sena Bonfim, pais e treinadores do brasileiro, ganhador da medalha de bronze no Mundial de Londres-2017.
Companhia
constante
Nas
competições, eles chamam a atenção por subir ao pódio, com o pai, de pegar a
medalha e comemorar. “Eles gostam de viver nesse ambiente. O Miguel, mais
velho, pega a medalha e morde, como vê nas competições. Ele vê alguém colocando
na boca, aí faz a sua graça”, comentou o atleta. “É um ambiente onde eu cresci,
e quero que eles cresçam aí também”, lembrou Caio, filho de Gianetti, oito
vezes campeã brasileira de marcha.
Para ele, a
distância, aos poucos, vai ser assimilada. “Acho que no futuro eles vão ter
orgulho e não raiva. Vão saber que o pai estava construindo alguma coisa por
eles”, lembrou. “Nos treinos, o Miguel brinca de ajudar na hidratação e diz que
é já treinador e atleta por saber dar água. Um dia ele aprenderá que treinador
não só dá água”, disse, sorrindo. “Faz parte, construindo algo por eles e para
eles.”
Por fim,
vale destacar que outros pais-atletas também competirão em Budapeste, como
Darlan Romani, do arremesso do peso, pai de Alice, de 6 anos, e Helena, de
quatro meses, e Paulo André Camilo, pai de Peazinho, de dois anos. O filho de PA,
aliás, está com seus pais em Lisboa, Portugal, acompanhando o camping de
revezamento 4x100m para o Mundial.
Fonte: Wesley
Felix/olimpiadatododia.com.br - Foto: Wagner Carmo/CBAt
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