Sessão solene da Câmara Legislativa lembrou a importância da lei no combate à violência contra as mulheres
“Quem ama protege”, diz Doutora Jane no aniversário da Lei Maria da Penha
Apesar de o dia ser motivo de celebração, a parlamentar chamou a atenção para o alto número de feminicídios no Distrito Federal. “De janeiro até agora, 22 mulheres já foram mortas por aqueles que diziam amá-las e protegê-las”, lamentou. A distrital disse ainda que é preciso difundir na sociedade o sentimento de todos são responsáveis pelo combate à violência doméstica, que assume várias formas. “Quem ama não bate, quem ama cuida, quem ama protege”, completou Doutora Jane.
Já a
delegada chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, Ana Carolina
Litran, observou que a DEAM está de portas abertas 24 horas para receber as
mulheres que procuram apoio junto à Polícia Civil do DF. “Nós fazemos parte da
rede de enfrentamento da violência”, declarou.
Por sua vez,
Emmanuela Saboya, subdefensora pública geral do DF, explicou que o objetivo da
Defensoria Pública “é estar sempre por perto, fora dos gabinetes”. Por esse
motivo, nesta data, está sendo realizada a quarta edição do Dia da Mulher,
dedicado aos problemas jurídicos da população feminina, em meio a atividades em
outras áreas.
Pacto
Nacional
Secretária
Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres, Denise Motta Dau lembrou
a trajetória de violência por que passou a farmacêutica cearense Maria da Penha,
que batizou a lei, e informou sobre o Pacto Nacional de Prevenção ao
Feminicídio. Também comunicou intenção do Governo Federal de construir quatro
unidades da Casa da Mulher Brasileira em Sobradinho, Sol Nascente, Recanto das
Emas e São Sebastião, além da realização de campanha contra a misoginia (ódio
ou aversão às mulheres).
Também
presente à sessão solene, a comandante geral da Corpo de Bombeiros do DF,
coronel Mônica Miranda, observou que “as mulheres não querem tomar lugar de
ninguém, querem ser parceiras”. Ela lembrou ainda que o Distrito Federal segue
um protocolo pioneiro no atendimento a mulheres vítimas de violência.
Para a secretária da Mulher do Distrito Federal, Giselle Ferreira, a violência cometida dentro de casa é uma situação desafiadora. “As mulheres precisam entender que há vários tipos de violência”, insistiu, apresentando cartilha que a pasta elaborou para ajudar na identificação dos problemas. Ela salientou que 320 é o número de órfãos deixados pelas 169 mulheres assassinadas pelos maridos ou companheiros de 2015 a 2023.
Enquanto o
controlador-geral do DF, Daniel Alves Lima, destacou ser preciso evoluir muito
mais, “além do que evoluímos nestes 17 anos”. Durante a solenidade, ele sugeriu
um minuto de silêncio em memória das mulheres vítimas de feminicídio, acatado
pela deputada Doutora Jane e seguido por todos os presentes no plenário da
Câmara Legislativa.
Fonte: Marco
Túlio Alencar - Agência CLDF, Foto: Renan Lisboa/ Agência CLDF
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