A festa vai voltar à Praça das Artes Teodoro Freire de Sobradinho
Projeto Arte Na Praça retorna a
Sobradinho com novo formato em 16 de setembro
A festa vai voltar à Praça das Artes
Teodoro Freire de Sobradinho, a partir do sábado, 16 de setembro, com o início
da sexta edição do Projeto ARTE NA PRAÇA, que seguirá nos demais sábados até a
virada de 2023 para 2024, quando atrações especiais estão programadas para o
Natal e a chegada do Ano Novo.
O ARTE NA PRAÇA é um vitorioso
projeto artístico-cultural multidisciplinar, desenvolvido pela Associação
Artise de Arte, Cultura e Acessibilidade, em Sobradinho, na praça central da
Quadra 8, nas tardes/noites de sábado, através de fomento da Secretaria de
Cultura e Economia Criativa do GDF e apoio da Administração Regional.
As cinco edições passadas trouxeram
ganhos sociais inquestionáveis para a comunidade, pois conseguiram a proeza de
humanizar e valorizar a praça que, antes, estava entregue à sujeira, ao
abandono e ao domínio de moradores de rua, transformando-a um local de lazer
seguro e apreciado pela população.
Hoje, seu entorno é disputado pelo
comércio, com empresas de renome ocupando lojas e grandes espaços de uma nova
galeria, que mudou as características da região -- antes marginalizada e
desvalorizada -- para um local de valor comercial e imobiliário, com
características especiais, que o ARTE NA PRAÇA trouxe, através da arte e
apresentações culturais.
O maestro Alex Paz, presidente da
Artise, observa que a sexta edição do ARTE NA PRAÇA se dará num ambiente físico
totalmente renovado, pois o entorno da praça está tomado por bares,
restaurantes e lojas diversas, o que faz do lugar um novo point gourmet,
de compras e de lazer.
“Além disso – explica o maestro -- a
Artise capitalizou experiência na produção de grandes eventos, tornando-se a
promotora mais respeitada do DF, depois de realizar a Festa da Goiaba, em
Brazlândia; a Feira do Artesanato e das Flores, na Torre de TV; e o Cine Drive,
em cidades do DF e Goiás.”
A sexta edição do ARTE NA PRAÇA, no
entanto, terá novo formato, que valorizará, ainda mais, as expressões
artísticas. Serão três shows por noite, ao invés de apenas um.
Cada evento vai começar com um show de voz e violão ou duplas, às 19h, seguido pela apresentação da dançarina Koral Tainá e suas dançarinas do ventre, que causaram grande impacto na edição anterior do projeto. Para encerrar a noite, sempre haverá um show mais extenso de grandes bandas, a partir das 20h30min.
Tijolada Reggae
Para estreia do projeto, no sábado 16
de setembro, além das atrações iniciais, já está confirmada a apresentação da
banda Tijolada Reggae, formada
em 1994, em Taguatinga, para reverenciar ícones internacionais do ritmo, como
Jimmy Cliff, Bob Marley, Jacob Miller, Joe Higgs, Israel Vibration, The
Gladiators, The Abssynians...
Mas a Tijolada criou linguagem
própria ao misturar os temperos de Brasília ao som dos seus mestres e alcançou
grandes, palcos Brasil a fora, acompanhando Junior Marvin (The Wailers), Edson
Gomes e Tribo de Jah. A banda já lançou os CDs independente Tempo,
Construção e um DVD, participou de coletâneas de Brasília e tem
mostrado trabalhos novos nas plataformas.
No último dia 4 de agosto, lançou o
single Regueiro rocker, que funde reggae com soul music e rock. O
single é produzido por Kiko Peres da Natiruts e tem encontrado excelente
recepção nas plataformas musicais, conforme vem ocorrendo com os lançamentos da
banda, pela internet, desde 2020.
Rogério Fagundes, vocalista e
guitarrista da Tijolada, disse ao Jornal de Brasília que
a ideia da música é mostrar que o regueiro não é sério o tempo todo, “não
fala somente de filosofia”.
“Temos muitas letras densas, que
falam sobre problemáticas e injustiças sociais, mas também temos letras que
falam de amor, natureza. Desta vez, optamos por uma coisa mais suave, puxando
para o rock e para o lado boêmio”. Rogério conta que já apresentou a faixa em
shows e que o público está se divertindo bastante.
Transformação social
O maestro Alex Paz garante que a
proposta da Artise ao desenvolver o Projeto ARTE NA PRAÇA é tornar a arte local
acessível a um público que se reconheça nela e, consequentemente, possa
engrandecê-la, defendê-la e multiplicá-la, de forma que a produção dos artistas
locais contribua para a transformação social.
“Nossa entidade acredita que, a
aproximação dos artistas e sua arte da população e, principalmente, da
juventude, canaliza a poderosa energia dos jovens - que, muitas vezes, é gasta
em pichações, drogas e outras futilidades – para atitudes positivas que levarão
as escolas a serem de fato um ambiente construtor de uma nova realidade
social”, esclarece.
Além dos benefícios lúdicos e
didáticos, as edições anteriores do ARTE NA PRAÇA, segundo Alex Paz, trouxeram
melhorias para o centro da cidade e tiveram o reconhecimento do comércio e
moradores locais pela nova iluminação de leds e pintura da praça; reforma dos
banheiros; além do aumento do movimento de pessoas, mostrando uma real integração
da comunidade no local.
O presidente da Artise entende que esse tipo de ocupação de espaços públicos possibilita a difusão de ideias, movimenta a economia criativa e o cenário artístico-cultural, tornando-se um veículo de formação da identidade cultural da cidade.
Crédito: Jornalista: José Edmar Gomes
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