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Aulas de futebol a crianças de 7 (sete) a 17 (dezessete ) anos nas regiões de Planaltina e Sobradinho

 Instituto que recebe recursos via Lei de Incentivo muda a vida de 250 crianças no DF

O Esporte e Vida oferece aulas de futebol a crianças de sete a 17 anos nas regiões de Planaltina e Sobradinho. São ofertadas chuteiras, uniformes, apoio médico, alimentação e assistência social para as famílias 

O Esporte e Vida oferece aulas de futebol a crianças de sete a 17 anos nas regiões de Planaltina e Sobradinho.

 

A Lei de Incentivo ao Esporte (Lei nº 11.438/06) permite que recursos provenientes de renúncia fiscal sejam aplicados em projetos das diversas manifestações desportivas e paradesportivas, distribuídos por todo o território nacional. Por meio de doações e patrocínios, os projetos executados via LIE atendem crianças, adolescentes, jovens, adultos, pessoas com deficiência e idosos.

 

O Instituto Esporte e Vida recebe aporte da LIE. A entidade captou o valor de R$ 252.875,60. Ele nasceu do sonho de infância do ex-atleta, fundador e presidente de honra Leco Campos, que começou a jogar bola no time Estrela, em 1984. Ele treinava no campo de terra da região administrativa de Sobradinho, no Distrito Federal. Reconhecendo a importância que o esporte teve em sua vida, em 14 de março de 2002 surgiu o Instituto Esporte e Vida, organização social sem fins lucrativos, cujas atividades foram inicialmente voltadas para o acolhimento de crianças e adolescentes, na prática do futebol.

 

Hoje, o instituto une práticas esportivas, educacionais e de assistência social para o desenvolvimento individual e das famílias. São oferecidas chuteiras, uniformes, consulta oftalmológica, fisioterapia e academia, tudo gratuito. Ele também trabalha junto com outras organizações, entre elas o instituto Zé Vasco, com o futsal.

 

Myrian Renata Silveira Macedo, coordenadora-geral do Esporte e Vida e também assistente social, ajuda nas atividades propostas. “O instituto veio para fomentar outros que não tinham a mesma capacidade de buscar o recurso e prestar contas, e aí nós acabamos nos unindo. Conseguimos fazer um aporte por meio da Brasil Prev há um ano para 80 crianças, mas abarcamos 250 porque nunca fechamos a porta, a criança sempre vai ser atendida, sempre vai ser acolhida.”

 

Há 21 anos o instituto foi criado para tirar as crianças das ruas e da violência, por meio do esporte. Myrian comenta os motivos do surgimento da organização. “O projeto passou a existir para tentar tirar os meninos do mau caminho das ruas, brigas entre adolescentes, mortes. Formar cidadãos de bem. Hoje eu presenciei um pai e ex-atleta do projeto falando que teve toda a oportunidade de entrar para o caminho do mal, que ele tem 20 amigos que foram enterrados devido ao tráfico, à violência, e há ainda dez presos. Como ele não compactua com isso, trouxe o filho para o projeto”, diz.

 

A iniciativa, beneficiada há um ano com recursos da Lei de Incentivo, é o Jogando para o Futuro, que possui dois núcleos, em Planaltina e em Sobradinho, ambos no DF. As aulas ocorrem às segundas, terças e quintas-feiras. Aos fins de semana, as crianças participam de campeonatos. Myrian explica a importância da lei para fomentar o projeto. “Junto com o Instituto Zé Vasco, conseguimos arcar com a alimentação dos atletas. Recebemos também doação de comida, e muitas famílias não têm condição. Tem ainda materiais, camisa, chuteira. Então, a Lei de Incentivo é muito importante, e eu faço um apelo aos empresários para que olhem com mais carinho para os projetos sociais.”

 

O instituto promove eventos, articula ações, parcerias e mobiliza recursos, para que sejam revertidos para os projetos. A partir dessa colaboração, busca-se apoio para vários outros atendimentos em que haja necessidade de ampliação. A coordenadora assinala como os outros benefícios são ofertados às crianças, para além do esporte. “Tentamos trazer dignidade às famílias, porque muitas vezes vivem com salário mínimo, vivem com o BPC. Saber que podemos contribuir no dia a dia com a distribuição de alimento, que a criança vai comer melhor e que a família vai estar alimentada. Os atletas destaque têm academia e fisioterapia, e procuramos fortalecer o vínculo com as famílias.”

 

 

Fonte: Redação Perfil Brasil - brasil.perfil.com, Foto: Mariana Raphael/Ministério do Esporte

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