No Dezembro Vermelho, rede pública do DF fortalece prevenção ao HIV
No Dezembro Vermelho, rede pública do DF fortalece prevenção ao HIV
Nas unidades básicas de saúde é possível ter acesso a preservativos e à profilaxia pós-exposição (PEP); já a profilaxia pré-exposição (PrEP) é disponibilizada em cinco serviços especializados do DF
Os casos de
infecção pelo HIV e de Aids no Distrito Federal apresentaram queda de 9,8 para
7,3, por 100 mil habitantes, entre 2018 e 2022, segundo o Boletim
Epidemiológico publicado pela Secretaria de Saúde (SES-DF).
Os dados
corroboram a política do sistema público de saúde do DF, que investe na
disponibilização gratuita de métodos de prevenção da transmissão do vírus nas
unidades básicas de saúde (UBSs) e nos serviços especializados.
A rede
aposta na prevenção combinada unindo estratégias que consideram o contexto
social de cada pessoa. “Todas as pessoas sexualmente ativas têm acesso aos
meios de evitar a infecção pelo HIV na rede pública”, atenta o médico Sergio
d’Avila, referência técnica distrital em HIV e Aids da SES-DF. “Quem deseja
informações e acesso aos serviços deve buscar orientação na UBS mais próxima de
sua residência ou trabalho. Os métodos de prevenção estão disponíveis para
evitar a transmissão”.
Em todas as
UBSs é possível ter acesso aos preservativos internos e externos – métodos mais
conhecidos para evitar a infecção durante o ato sexual –, além de testagem
rápida e profilaxia pós-exposição (PEP), utilizada de duas até 72 horas após uma
relação sexual desprotegida.
Profilaxia
Considerada
medida de urgência, a PEP também é recomendada em casos de violência sexual e
de acidentes ocupacionais. Trata-se do uso de medicamentos ou imunobiológicos
para reduzir o risco da infecção. Nos horários em que as unidades básicas estão
fechadas, o medicamento pode ser encontrado nas UPAs e nos prontos-socorros dos
hospitais públicos.
Outra
estratégia de prevenção é a profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), que é a
utilização diária de medicamentos antirretrovirais (ARV) para pessoas
soronegativas, no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), Hospital
Universitário de Brasília (HUB) e nas policlínicas de Taguatinga, Ceilândia e
Lago Sul. No próximo ano, o medicamento passará a ser oferecido nas UBSs. No
DF, 3.237 usuários iniciaram a PrEP desde 2018.
Mulheres
soropositivas grávidas também podem prevenir a transmissão do vírus para os
filhos, com o tratamento antirretroviral que deixa a carga viral indetectável.
“O Brasil caminha para a eliminação da transmissão vertical do HIV nos próximos
anos, e o DF apresenta condições de não ter nenhum caso de transmissão
vertical, porque recebeu o selo prata na última certificação do Ministério da
Saúde em 1º de dezembro”, pontua Sergio d’Avila.
Fonte: saude.df.gov.br, Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília
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