Dengue não tira férias: estratégias para proteger a casa durante as viagens
Dengue não tira férias: estratégias para proteger a casa durante as viagens
Secretaria de Saúde reforça alerta de prevenção em meio à época chuvosa
As altas
temperaturas e o início da época chuvosa criam condições propícias à
proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue.
Enquanto buscamos relaxar e aproveitar momentos de lazer nas férias, a
prevenção se torna ainda mais importante. Para garantir uma viagem tranquila e
livre de preocupações, é essencial adotar medidas preventivas eficazes que
mantenham a casa protegida.
“Todo
pequeno recipiente pode virar um criadouro de larvas de mosquito. Esse período
em que há chuva e sol é o momento mais propício para as fêmeas depositarem seus
ovos. Em até sete dias, ou até um pouco antes, já temos mosquitos adultos”,
alerta a chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para
Prevenção de Endemias da Secretaria de Saúde (SES-DF), Cristina Soares Campelo.
Antes de
sair de casa, é fundamental verificar cuidadosamente todos os possíveis focos
de reprodução do mosquito, eliminando qualquer recipiente que possa acumular
água (vasos de plantas, pneus, garrafas e caixas d’água mal vedadas). Outra
medida preventiva é esvaziar e lavar os bebedouros de animais de estimação,
evitando o acúmulo de água parada, além de certificar-se de que as calhas
estejam limpas e desobstruídas, permitindo o escoamento adequado da água da
chuva.
Mesmo em
ausências curtas, Campelo ressalta que os cuidados não podem ser
negligenciados. “Você pensa: ‘ah, em uma semana eu volto’. Esse período pode
significar o desenvolvimento de uma população completa de mosquitos adultos.
Cada um deles tem a capacidade de voar entre 500 metros e um quilômetro por
dia. Isso significa que, se uma casa se torna um foco gerador do Aedes aegypti,
ela passa a ter o potencial de transmitir dengue para toda a rua”, explica.
Piscinas e
reservatórios maiores não podem ficar de fora da lista de checagem. Caso não
seja possível esvaziá-los, recomenda-se o uso de produtos larvicidas e entrar
em contato com o profissional responsável pela manutenção da piscina,
solicitando atenção redobrada e reforço no uso de cloro. É recomendado ainda
cobrir a piscina com lona e verificar se há elevações ou afundamentos que
possam acumular água, já que qualquer espaço desses também serve de criadouro.
Prevenção
coletiva
A SES-DF tem
desenvolvido iniciativas para combater a doença. A pasta busca informar a
população sobre os riscos do mosquito e a importância da prevenção. Para tanto,
equipes de agentes de saúde realizam vistorias nas residências, orientam os
moradores sobre as medidas preventivas, identificam e eliminam possíveis focos
de reprodução do mosquito.
A SES-DF
também faz a aplicação do inseticida de ultrabaixo volume (UBV), conhecido
popularmente como “fumacê”. A prática ocorre em horários específicos, das 5h às
7h e das 16h às 19h, acompanhando os hábitos do mosquito que, pela manhã, ao
nascer do Sol, sai para se aquecer e depois volta à casa dos moradores. À
tarde, sai para reproduzir.
Fonte:
Jornal de Brasília, com informações da agência Brasília
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