Projeto do Distrito Federal utiliza IA para detectar incêndios no Cerrado
Projeto do Distrito Federal utiliza IA para detectar incêndios no Cerrado
Projeto utiliza algoritmos para identificar focos de incêndio que são enviados em tempo real para o Corpo de Bombeiros
Nos últimos 45 dias, as câmeras
detectaram, em média, 28 incêndios florestais por dia
Um projeto
no Distrito Federal (DF) utiliza algoritmos de inteligência
artificial (IA) para identificar focos de incêndio. Os
alertas são enviados em tempo real para o Corpo de Bombeiros.
Do alto da
Torre de TV Digital de Brasília, câmeras monitoram o cerrado. Com um alcance de
25 quilômetros, elas filmam o bioma em 360 graus, que atualmente sofre com as
consequências da seca.
Nos últimos
45 dias, as câmeras detectaram, em média, 28 incêndios florestais por
dia. As imagens capturadas são processadas pela Universidade de Brasília e
disponibilizadas para o Corpo de Bombeiros, que determina a melhor estratégia
para combater as chamas.
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O projeto
"Sem Fogo DF" é uma parceria entre a organização social
"Gigacandanga" e o Departamento de Ciência da Computação da UnB. O
sistema utiliza inteligência artificial para identificar a fumaça, e o processo
leva menos de dois segundos. As cores nas bordas das imagens indicam a
probabilidade de incêndio.
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“A ideia é que os incêndios
sejam identificados de forma mais precoce, para que possam ser controlados
rapidamente, causando menos danos à natureza e menores prejuízos econômicos,”
explica Eduardo Alchierre, professor da Universidade de Brasília.
O combate aos incêndios conta
com diferentes iniciativas, algumas delas voluntárias. É o caso dos brigadistas
que atuam no Parque Ecológico Canela de Ema, em Sobradinho, a cerca de 25
quilômetros do centro de Brasília. São 11 pessoas treinadas que atuam na
proteção do cerrado.
Um levantamento realizado pelo
Instituto de Pesquisas Ecológicas, em 2023, identificou cerca de 200 brigadas
voluntárias e comunitárias dedicadas à prevenção e controle de incêndios
florestais no Brasil. Um trabalho exaustivo e perigoso, movido pelo amor à
natureza.
“Nós
estamos colocando nossas vidas em risco para salvar a vegetação, de forma
voluntária, sem receber nada por isso. Precisamos de mais pessoas, porque o
voluntariado exige que conciliemos nossa vida pessoal, trabalho e obrigações
com a proteção do meio ambiente,” diz Lila Sheila Makino de Oliveira,
brigadista voluntária.
Fonte: Victória Melo/sbtnews.sbt.com.br - Foto: Greenpeace
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